Uma mulher foi condenada a mais de 24 anos de prisão por uma série de crimes cometidos entre 2022 e 2024 contra o ex-namorado e diversas pessoas próximas a ele, em Paranaíba, a 407 km de Campo Grande. A decisão foi tomada após investigação e denúncia do MPMS (Ministério Público de Mato Grosso do Sul), por meio da 3ª Promotoria de Justiça, que classificou o caso como um dos mais extensos registros de perseguição continuada na cidade.
Segundo o MPMS, a ré manteve um relacionamento de cerca de dez meses com o ex-companheiro, com quem teve um filho. Depois do término, motivado por conflitos e ciúmes, ela iniciou um ciclo de perseguição que durou dois anos e atingiu ao menos 12 pessoas, incluindo familiares, amigos e colegas de trabalho da vítima.
Nesse período, a mulher cometeu 77 atos criminosos. Ela enviava ameaças utilizando imagens de armas, fazia denúncias falsas em nome de terceiros, adotava identidades fictícias para incriminar outras pessoas e chegou a usar cerca de 27 chips diferentes para dificultar sua identificação. Além disso, praticou injúria racial contra a mãe do ex, invadiu contas de redes sociais sem autorização e utilizou falsidade ideológica para formalizar acusações inventadas.
A Justiça considerou a gravidade dos crimes, o número elevado de vítimas, o longo período de perseguição e o impacto social das condutas ao definir a pena. A mulher foi condenada a 22 anos, 9 meses e 16 dias de reclusão em regime inicial fechado. Também recebeu pena de 1 ano e 6 meses de detenção em regime semiaberto e multa equivalente a 1.374 dias-multa.









