A morte dos gêmeos Guilherme e Gabriel em Três Lagoas, distante 313 Km da Capital, consternaram o Estado. Quem testemunhou momentos como a chegada dos dois no hospital ou mesmo o velório das crianças afirmou que nunca se viu cena tão triste.
Os dois morreram após conseguirem passar pela grade que protegia a piscina da casa onde moravam.
As crianças nasceram muito desejadas, segundo amigos da família. Pai dos meninos, Clayton de Moraes foi assessor jurídico na cidade casado com Josi Souza. A família é bastante conhecida.
Clayton e Josi levaram os filhos para o Hospital Auxiliadora onde chegaram com vida, porém tiveram parada cardiorrespiratória por afogamento. A equipe médica tentou reanimação por aproximadamente 35 minutos, porém sem sucesso.
“Eu estava no hospital com a minha filha. Os gritos deles ainda ecoam em meus ouvidos, acredito que nunca mais vou esquecer”, contou a reportagem uma testemunha que pediu para não ser identificada.
“Era de manhã, eles chegaram lá cada um com um filho no colo, descalços. O homem sem camisa e a mulher ainda de camisola. Todos choraram. Quando soube da história daqueles pais, foi mais difícil”, narra.
“Pessoas disseram que ele foi pai pela primeira vez aos 42 anos e essas crianças foram muito desejadas. Naquele momento eu queria abraçá-los e colocar eles no colo. Vi o desespero dos dois e não desejo para ninguém”, afirmou a mulher que não conteve as lágrimas diante da cena.
E entre os amigos que foram até Três Lagoas para levar solidariedade ao casal, a dor foi intensa. “Quando abracei o Clayton ele só me disse que acabou tudo. Acabou tudo. Eles esperavam muito essas crianças”, disse um amigo da família que foi ao velório e sepultamento dos bebês.
O assunto gerou milhares de mensagens de condolências ao casal e virou notícia nacional. Clayton foi assessor jurídico da Prefeitura Municipal de Três Lagoas durante as gestões de Simone Tebet e Marcia Moura.