Um investigador da Polícia Civil foi vítima de uma tentativa de homicídio, na manhã desta terça-feira (9), enquanto fazia buscas pelo corpo de Luiz Venitte Reina, de 68 anos, morto com um tiro na cabeça em um latrocínio na cidade de Itaquiraí.

Segundo consta no boletim de ocorrência, a ação criminosa desse homem, tio de um dos quatro adolescentes envolvidos no assassinato do idoso, só foi cessada quando o companheiro do policial atirou pelo menos duas vezes contra o autor.

Ainda de acordo com o registro, o autor havia demonstrado um comportamento estranho e sorrateiro, notado pelos dois investigadores que estavam trabalhando nas buscas. Tal suspeita foi repreendida inicialmente com o pedido para que o homem se afastasse do local e dos policiais.

Quando um dos investigadores pediu para que familiares pegassem blusas para os adolescentes apreendidos pelo crime, por conta do frio, o autor sacou uma faca que portava na cintura, avançou contra um dos investigadores e tentou esfaqueá-lo por diversas vezes, sem sucesso.

O policial civil caído no chão chutava o homem para que ele evitasse se aproximar e, enquanto permanecia ao solo, o segundo investigador atirou contra o autor para evitar uma tragédia maior. Ao levantar, o investigador percebeu que sua arma havia caído durante a confusão e ela estava na mão do autor.

Porém, um segundo disparo foi efetuado pelo investigador, que derrubou o homem, finalizando assim a tentativa de homicídio contra o policial. Uma equipe médica foi acionada para o atendimento ao autor e, posteriormente, ele foi encaminhado a uma unidade hospitalar.

O caso

Luiz Venitte foi assassinado após um plano de roubo ser executado pelo enteado, de 16 anos, o amigo, de 17 anos, e o namorado da irmã, também de 16 anos. O enteado confirmou que o idoso foi morto pelo namorado da irmã, após reagir ao assalto. 

Eles planejaram roubar a caminhonete da vítima. O jovem de 16 anos, que atirou na cabeça da vítima, foi encontrado com a caminhonete no bairro Santa Felicidade, em Campo Grande. A menina, de 11 anos, estava com ele. Ela não teria participado do homicídio. 

Ele disse que a namorada havia prometido lhe dar a caminhonete do padrasto para ambos residirem na Capital do Estado.

Disseram, também, que a vítima foi morta no dia anterior e, para dificultar a descoberta da ação, colocaram o corpo do idoso na carroceria da caminhonete e o levaram até o rio Amambai, distante nove quilômetros de onde tudo ocorreu, e jogaram o cadáver no fundo do rio.