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Interior

22/03/2017 09:30

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Sem receber repasse do Governo, hospital enfrenta dificuldades e pode fechar as portas

Valor de R$ 25 mil nunca teria sido enviado para o local e 'dívida' já chega a R$ 250 mil

O Hospital Elmíria Silvério Barbosa inaugurou em 2016 o “Centro de Parto Normal”, que é considerado um modelo de local para parto humanizado. Inaugurado no ano passado no dia internacional da Mulher, o local foi equipado com recursos próprios, mas com a promessa de um auxílio mensal de R$ 25 mil por parte do Governo do Estado por meio da Secretária Estadual de Saúde. 

Acontece, que agora o local enfrenta dificuldades, já que o esperado repasse não aconteceu e já acumula uma “dívida” de R$ 250 mil com o CPN. Com leitos específicos para parto o hospital tem três quartos só para parto humanizado e uma capacidade de realizar 40 procedimentos por mês. No local gestante é admitida nesse quarto e todo processo de trabalho de parto ocorre ali, e  o bebê não sai de perto da mãe, humanizando todo o trabalho. Tanto a mãe quanto o acompanhante ficam juntos até ter alta, fortalecendo o vínculo do recém-nascido.

Segundo apurado pela reportagem, em uma reunião realizada em julho do ano passado com o secretário de saúde Nelson Tavares, juntamente com a diretoria do hospital e o valor deveria ser repassado desde o mês de novembro, e como não houve o repasse, agora, o local enfrenta problemas.

“Realmente houve um atraso até a semana passada, mas agora, não sei como estão as coisas, teremos mais uma reunião”, explicou o vice presidente da entidade Jair Nascimento. 

De acordo com as informações de pessoas que não podem se identificar, já que há risco até de demissões, o dinheiro seria usado para a qualificação e pagamento dos médicos que atuam no local. 

Falta de apoio junto ao Ministério da Saúde também ameaça funcionamento

Outro problema enfrentado também foi com o Ministério da Saúde, já que o processo de habilitação tramita desde o ano passado e foi aprovado pela Equipe Técnica da Saúde da Mulher do Ministério da Saúde em dezembro de 2016, e está para ser habilitado no Fundo Nacional de Saúde, sob o Protocolo no SIPAR 25000.128797, do ano de 2016. 

Conforme a documentação, essa publicação traria um empenho no valor mensal de R$ 50 mil para custeio mensal. “O impasse estaria na falta de repasses, e o Hospital por meio da diretoria tem cobrado o Estado, quanto ao repasse pactuado, foi para empenho e pagamento e até a presente data não foi efetuado.  Esse valor garantirá o pagamento da retaguarda do Centro de Parto”, explica um documento enviado a redação. 

“Já quanto ao Ministério da Saúde – todo processo foi realizado com êxito – hoje só aguarda a publicação da Portaria autorizando o pagamento mensal de custeio. Os Centros de Partos são anunciados periodicamente pelo Ministro da Saúde Ricardo Barros como prioridade para o fortalecimento da Rede Cegonha no país e infelizmente as autoridades locais não tem defendido essa política, acreditamos que daí inicia a nossa dificuldade, ou seja, não há interesse do próprio Estado em correr junto para que esses recursos cheguem para nós”, conta uma funcionária que pediu para não ter o nome divulgado. 

A reportagem enviou e-mail questionando o Governo do Estado sobre o assunto, porém não foi dada resposta até o fechamento da matéria. Segundo a direção do hospital, uma reunião com a Defensoria Pública está marcada para esta segunda-feira (20) para discutir a situação do Centro de Parto Normal. 

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