Polícia

21/02/2019 19:00

Em 2018, 17 mil trotes atrapalharam salvamento de pessoas em perigo em MS

Agentes da Policia Civil, Militar, Corpo de Bombeiros e Samu ainda são alvos de 'brincadeiras' por telefones

21/02/2019 às 19:00 | Atualizado 22/02/2019 às 07:51 Dany Nascimento
Geovanni Gomes/Arquivo

Enquanto muitos ‘engraçadinhos’ ficam gargalhando ao passar trotes para a Policia Civil, Militar, Corpo de Bombeiros e Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência), situações de urgência deixam de chegar até às autoridades e a ocupação da linha telefônica pode até mesmo deixar de salvar uma vida.

De acordo com a Sejusp (Secretaria de Desburocratização e de Justiça e Segurança Pública do Mato Grosso do Sul), em 2018, foram registrados 17.188 trotes no Ciops (Centro Integrado de Operações de Segurança). Para quem não sabe, passar trote é considerado crime e gera detenção de até seis meses.

De acordo com o artigo 340 do Código Penal, ao ser identificado, o autor é enquadrado por “falsa comunicação de crime ou de contravenção, cuja pena é detenção de um a seis meses ou multa”.

Conforme a Sejusp, com as tecnologias de identificação de chamadas hoje em dia é muito mais fácil verificar um trote. É importante que todo cidadão seja orientado em casa sobre os problemas que um trote pode oferecer. Mas não é crime apenas passar trote para serviços oferecidos para a população, passar trote para um cidadão comum também configura crime.

Em 2010, um cidadão foi condenado pela Justiça para pagar indenização após ligar 80 vezes para um idoso.