Polícia

29/03/2019 12:04

Deputada acompanha julgamento e critica Lei do Feminicídio: muito branda

'Isso tem que acabar, a educação tem que começar dentro de casa', diz Rose

29/03/2019 às 12:04 | Atualizado 29/03/2019 às 12:19 Dany Nascimento e Anna Gomes
André de Abreu

Autoridades acompanham de perto o julgamento de Luís Alberto bastos Barbosa, acusado de matar a marteladas a musicista Mayara Amaral no dia 24 de junho de 2017, dentro de um motel em Campo Grande.

A deputada federal Rose Modesto (PSDB) participou do protesto antes do início do julgamento, realizado por movimento de defesa das mulheres, amigos e familiares de Mayara.

Ela afirma que está criando projetos para alterações na Lei do Feminicídio. “Onde que um crime de latrocínio, roubo seguido de morte, onde o objetivo era o objeto da pessoa, pode ter pena maior do que de feminicídio, que é contra a vida? Precisamos de leis mais duras, com pena máxima e regime fechado”, diz a parlamentar.

De acordo com a deputada, dez mulheres já foram assassinadas no ano de 2019 em Mato Grosso do Sul. “Isso tem que acabar, a educação tem que começar dentro de casa e temos que ter leis mais duras, de pena máxima e regime fechado. Isso é um absurdo. Todos nós como mulheres queremos justiça, é um absurdo isso acontecer com várias mulheres, todos os dias no Brasil”.

Para Rose, o homem deve aprender a ter respeito pelas mulheres desde pequeno. “A família tem que começar a educar desde pequeno para que o homem aprenda a respeitar a mulher. Para que esse número diminua, com crime de feminicídio, temos que radicalizar porque a mulher que é vítima, confia na pessoa, ela não sabe que será vítima de alguém que ela confia”.

Além de Rose, a Superintendente de Políticas Públicas para  Mulher em Campo Grande, Carla Sthepanini também acompanha a sessão de julgamento.