Polícia

28/05/2019 07:26

Operação Atalhos cumpre mandados de busca e apreensão em quatro municípios de MS

Os policiais cumprem 21 mandados busca e apreensão em Três Lagoas, Campo Grande, Naviraí e Três Lagoas

28/05/2019 às 07:26 | Atualizado 28/05/2019 às 12:05 Dany Nascimento
Divulgação/PF

A Operação Atalhos foi deflagrada na manhã desta terça-feira (28), pela Polícia Federal, em atuação conjunta com a Controladoria Geral da União, para combater fraudes a licitações no âmbito da Prefeitura Municipal de Três Lagoas. De acordo com a operação, os policiais cumprem 21 mandados busca e apreensão em Três Lagoas, Campo Grande, Naviraí e Três Lagoas.

Além de Mato Grosso do Sul, os policiais cumprem mandados em Luís Antônio e Americana, em São Paulo. As investigações demonstraram ilegalidades em três procedimentos licitatórios relacionados ao transporte escolar, com recursos federais oriundos do Programa Nacional de Transporte Escolar (PNATE). Foram identificados agentes públicos, empresários e particulares que participaram do direcionamento dos certames para que estes fossem vencidos por empresas pré-estabelecidas, sendo objeto da investigação a identificação de cada responsável pelas atividades delitivas.

Os procedimentos licitatórios e os contratos de prestação de serviços decorrentes de fraudes pertencem aos anos de 2015 a 2017. As licitações e contratos públicos alcançaram cerca de R$ 12 milhões, sendo que até o momento já foi identificado aumento contratual de aproximadamente R$ 1,6 milhão, em razão dos direcionamentos.

Segundo a polícia, além dos mandados de busca e apreensão, 13 investigados foram intimados para comparecer às Delegacias da Polícia Federal no Mato Grosso do Sul e em São Paulo para prestarem esclarecimentos sobre os fatos investigados. No total, 90 Policiais Federais e sete servidores da CGU participam da operação.

O nome de “ATALHOS” foi dado em alusão a um caminho mais curto, porém igualmente ilegal, entre o objeto da licitação, a prestação de serviços de transporte escolar e as fraudes praticadas pelos investigados para burlar os processos e superfaturar os contratos com a Prefeitura.