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03/07/2019 14:37

Guaidó descarta negociação com Nicolás Maduro e afirma que 'nunca' será um bom momento

Líder da oposição e o presidente enviaram, em maio, representantes a Oslo, para uma discussão incentivada pelo governo norueguês, mas não houve acordo

03/07/2019 às 14:37 | Atualizado 03/07/2019 às 14:31 Da redação/Meia Hora
Reprodução/Meia Hora

O líder de oposição venezuelana Juan Guaidó disse nesta terça-feira que "nunca" haverá um bom momento para negociar com a "ditadura" do presidente Nicolás Maduro, descartando uma nova rodada de conversas para pôr fim à crise política que o país vive. 

Guaidó e Maduro haviam enviado representantes a Oslo em maio, para discussões incentivadas pelo governo da Noruega, mas as partes não conseguiram chegar a qualquer tipo de acordo. No sábado, pessoas familiarizadas com o assunto disseram à Reuters que as negociações seriam reiniciadas nesta semana. 

Guaidó afirmou que não havia "anúncio oficial de que ele compareceria a uma nova rodada" de diálogo. "Nunca será um bom momento para a mediação com sequestradores, violadores de direitos humanos, e com uma ditadura", disse Guaidó a jornalistas na Assembleia Nacional, controlada pela oposição e dirigida por ele. 

Poucos detalhes foram revelados sobre as negociações de Oslo entre os representantes de Maduro e Guaidó, que se autoproclamou presidente interino e denuncia Maduro como um usurpador ilegítimo que provocou recessão nos últimos cinco anos. Os comentários de Guaidó ocorrem quando a oposição expressa indignação diante da morte, na semana passada, do capitão da Marinha Rafael Acosta, enquanto estava detido em custódia militar.

A esposa do capitão e grupos de direitos humanos acusam o governo Maduro de torturar Acosta e de se recusar a esclarecer as circunstâncias da morte. O procurador-chefe da Venezuela acusou, na segunda-feira, dois oficiais de Inteligência de homicídio em conexão com a morte de Acosta, sem explicar como ele teria sido morto.