Atualmente, 206 pessoas estão na fila de espera para transplantes de córnea em Mato Grosso do Sul. A informação é da Central Estadual de Transplantes do estado, que já tem 20 anos de existência e realizou mais de 3.500 transplantes.

Desde agosto de 1999, foram realizados 2.873 transplantes de córnea. Em 2019, segundo a coordenadora do CET, Claire Miozzo, foram realizados 130 transplantes neste segmento, até o mês de setembro.

Ela destaca que doar é um ato do amor, sendo preciso que o interessado comunique a família da sua vontade.

“O que falta é o interessado dizer para família que tem interesse em ser doador. Não precisa deixar documento, você só precisa deixar a família ciente. A  negativa das famílias durante entrevista para doação de órgãos chega a 55%. E, na maior parte, a família alega não conhecer a vontade da pessoa falecida”, diz.

Ela aponta que, por isso, ainda existe uma fila de pessoas esperando pelo transplante, já que o número de doadores não é o ideal. “Você depende de uma família fazer a doação para poder transplantar, se a gente tem córnea suficiente, a gente faz tanto o transplante quanto a oferta”.

Os procedimentos médicos de captação e transplantes são realizados nas cidades de Campo Grande, Dourados e Três Lagoas. Em Campo Grande, os procedimentos são realizados na Santa Casa e no Hospital São Julião.

Órgãos captados em MS já foram destinados para as cinco regiões do Brasil, sendo elas Rio Grande do Sul, Acre, Distrito Federal, São Paulo.

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