Cidades

09/04/2021 17:00

Henry Borel: MS também já teve criança vítima da própria família

Miguel também foi vítima da fúria de um familiar e foi morto afogado pelo pai

09/04/2021 às 17:00 | Atualizado 09/04/2021 às 12:07 Dany Nascimento
Miguel e Henry eram crianças felizes que distribuíam sorrisos e amor aos familiares - Reprodução/Redes Sociais

A morte do menino Henry Borel, de 4 anos, fez os sul-mato-grossenses recordarem um episódio semelhante, que aconteceu na Capital do Estado. As investigações apontam que Henry foi morto após ser brutalmente agredido pelo padrasto, Dr. Jairinho, no dia 8 de março.

Já em Mato Grosso do Sul, a criança foi afogada em uma bacia pelo próprio pai. O caso completa dois anos em 2021. Evaldo Christyan Dias Zenteno, 22 anos, matou Miguel Henrique dos Reis Zenteno, de 2 anos, para se vingar da ex-esposa. 

O crime aconteceu no dia 19 de setembro de 2019, em uma residência no bairro Parati, em Campo Grande.

O pai tentou enganar a polícia dizendo que o filho tinha sido sequestrado por bandidos, que jogaram a criança em um córrego. Ele acabou confessando que matou o menino afogado por não aceitar o fim do relacionamento com a mãe da criança. 

“Eu ia dar banho nele na bacia como ele gostava, peguei ele dormindo, falei acorda Miguel, coloquei ele na bacia e deixei lá. Eu não tirei a roupa dele, coloquei ele dormindo dentro da bacia. Eu vi que ele começou a se contorcer e não fiz nada. Ele ficou com as pernas para fora. Deixei ele lá, começou a se debater e eu não ajudei ele. Eu fui para a sala mexer no celular”, disse Evaldo.

Ele alega que mudou de ideia, mas quando decidiu não matar mais Miguel, a criança já não apresentava sinais vitais. 

“Peguei ele da bacia para tentar salvar, fiquei em choque. Na hora eu não estava raciocinando. Eu queria chamar atenção da mãe, queria ficar nós 3, juntos”, disse o pai assassino.  

Henry Borel teria sido vítima da fúria do padrasto. Segundo a Polícia Civil, ele foi espancado pelo padrasto, Dr. Jairinho. O menino chegou sem vida ao hospital. Laudo do IML (Instituto Médico Legal) aponta que a criança tinha diversas fraturas internas no corpo.