Geral

15/09/2016 19:10

Apontada como assassina de manicure é eleita Miss Primavera em concurso no presídio

Gabriela Antunes cumpre pena há oito meses pela morte da manicure Jeniffer Nayara

15/09/2016 às 19:10 | Atualizado Kerolyn Araújo e Diana Christie
Divulgação/Agepen

Presa pelo crime de homicídio, Gabriela Antunes Santos, 22 anos, foi eleita a 14ª Miss Primavera em um concurso de beleza realizado no Estabelecimento Penal Feminino Irmã Irma Zorzi para valorização da autoestima das internas. Realizado todos os anos, o concurso reúne dez candidatas escolhidas pelas companheiras de cela, que desfilam três vezes pela passarela improvisada. O evento foi realizado na manhã desta quinta-feira (15).

O evento recebe patrocínio de várias empresas e instituições de Campo Grande, que contribuem para a organização, decoração e também doam os prêmios que serão entregues às três primeiras colocadas. As internas desfilam em traje de banho, de gala e, por fim, um traje primaveral. 

O resultado sai logo após o desfile, julgado por cerca de dez jurados. Nesta edição, o concurso teve entre os jurados a ex-bbb Priscila Pires e o Mister MS, Geraldo Moreira. 

Gabriela, que foi a escolhida pelo corpo técnico, está presa há oito meses após ser apontada pela polícia como uma das responsáveis pela morte da manicure Jeniffer Nayara Gilhermete de Moraes, em 15 de janeiro deste ano, na MS-080 em uma cachoeira conhecida como Céuzinho.

“Fiquei refletindo sobre a minha vida inteira, sobre o lugar onde eu estou, não precisava disso, foi um momento de muita fúria, no calor da emoção eu fiz o que eu fiz, e, em poucas horas, eu destruí minha vida, mas estou pagando pelo que eu fiz, pretendo sair pra rua regenerada”, declarou a nova Miss.  No final da apresentação, Gabriela ofereceu o título à mãe e afirmou que é “tudo no tempo de Deus".

O crime

Jeniffer foi obrigada a entrar em um veículo por Gabriela, onde estavam Emilly Karoline Leite, de 19 anos e uma adolescente, e foi levada até à cachoeira. Lá, a vítima foi atingida por dois disparos de arma de fogo no rosto e morreu. O crime teria sido motivado pelo ciúmes que Gabriela sentia da vítima com o esposo, que também foi preso pelo homicídio de um travesti.