Política

16/03/2017 13:39

Por 12 votos a 9, Câmara aprova moção de repúdio contra Marun

Marun afirmou que movimentos estavam mentindo sobre a reforma da Previdência

16/03/2017 às 13:39 | Atualizado Airton Raes e Rodson Willyams
André de Abreu

A Câmara Municipal de Campo Grande aprovou durante a sessão desta quinta-feira, 16 de março, moção de repúdio contra as declarações do deputado federal Carlos Marun (PMDB). A proposta foi aprovada por doze votos favoráveis e nove contrários.

A moção de repúdio foi proposta pelo vereador Valdir Gomes (PP). O parlamentar afirmou estar indignado com as declarações feitas pelo deputado Marun em relação as manifestações contra a reforma da previdência, principalmente em relação aos manifestantes e pelo vídeo postado nas redes sociais em que reafirmava as declarações e dizia que não iria mudar de opinião. “Marun não é deus e daqui dois anos vai ter uma nova eleição. Marun tem que ouvir a voz da rua”, disse Gomes.

O presidente da casa de Leis, João rocha (PSDB), iria colocar a moção em votação simbólica, mas o vereador Otávio Trad (PTB) solicitou que fosse realizada votação nominal por cada um dos vereadores presentes. O pedido criou uma saia justa entre os parlamentares. 

O vereador Odilon de Oliveira (PDT) afirmou que é contra a proposta de reforma da previdência enviada pelo Governo Federal, mas que não viu nada de ofensivo as declarações de Marun e acabou votando contra a moção de repúdio. 

O vereador Eduardo Romero (REDE) afirmou que os representantes eleitos têm que ter respeito pelas demandas sociais. O parlamentar alfinetou o vereador Vinicius Siqueira (DEM) ao dizer que de não importava se as manifestações eram de esquerda ou direita, desde que a causa foi necessária. 

Pelos bastidores, assessores e o próprio vereador Valdir Gomes chegaram a rechaçar Siqueira, uma vez que declararam em bom som, que ele havia articulado para que a moção de repúdio fosse apresentado. "Você pediu e agora vota contra"?, questionou Gomes. Em declaração de voto, Siqueira afirmou que a Fetems está servindo como massa da esquerda. "A esquerda está querendo se reerguer. Por isso me abstenho", disse.