Polícia

16/10/2018 19:15

Chefe de organização criminosa, PM é transferido do interior para presídio federal em Campo Grande

Militar saiu de Naviraí sob forte esquema de segurança

16/10/2018 às 19:15 | Atualizado 16/10/2018 às 19:13 Thiago de Souza
Divulgação PF

O subtenente da Polícia Militar de Mato Grosso do Sul, Silvio Cesar Molina Azevedo, foi transferido do presídio Militar em Naviraí para o presídio federal em Campo Grande, nesta terça-feira (16). Molina é apontado pela Polícia Federal como chefe de quadrilha que traficava drogas e cigarros e ostentava imóveis e carros de luxo em Mundo Novo.

As informações são da TV Morena e os motivos da transferência não foram divulgados pelas autoridades. O militar saiu da cidade do interior às 11h, sob forte esquema de segurança.

Quadrilha

A ''Operação Laços de Família'' foi deflagrada no dia 25 de junho e prendeu 15 pessoas, entre elas o militar. Familiares de Molina também atuavam na organização criminosa, que tinha vínculo com o Primeiro Comando da Capital, por isso o nome da ação.

Conforme o delegado federal de Naviraí, Nilson Zoccarato, as investigações começaram há cerca de três anos e desencadeou com a prisão de vários membros que comandavam a região sul do Estado.

Segundo o Superintendente Regional da PF, Luciano Flores de Lima, a orcrim conseguia lavar o dinheiro do tráfico de drogas com joias, carros caros, além de ‘laranjas’ e empresas de fachada. O que chamou a atenção da polícia é o fato de que Silvio Cesar tinha salário líquido de pouco mais de sete mil reais, no entanto, ostentava bens incompatíveis com sua remuneração.

À época, a operação contou com 211 policiais federais para cumprimento dos mandados judiciais. A Receita Federal procedeu a análise da evolução patrimonial e à identificação de bens e empresas dos envolvidos. As penas somadas dos crimes cometidos atingem aproximadamente 35 anos de prisão.