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Sucursal Pantanal

26/11/2017 13:30

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Ex-funcionário acusa Seduc de calote; presidência nega e alega falta de repasse

Ex-treinador diz ter contraído dívidas pela falta de pagamento

Um ex-colaborador da Associação Atlética Seduc, em Anastácio, procurou a reportagem do TopMídiaNews alegando ter recebido um calote do clube enquanto prestava serviços como técnico de time-base. Tenilson Francisco de Oliveira Junior, conhecido como Tabaco, afirma ter recebido R$ 300 por mês ao invés do combinado, que seria R$ 1 mil. Falta de prestação de contas e desvios para a antiga gestão também são denunciados pelo ex-funcionário.

Os colaboradores do Seduc não possuem vínculo empregatício e recebem através do Microempreendedor Individual (MEI). O impasse, segundo Tabaco, como é conhecido, iniciou no começo deste ano com a falta de repasse da Prefeitura Municipal. O ex-treinador conta que foi feito um acordo “de boca” entre ele e o presidente, Wilson Araújo Santana, onde seria pago R$ 1 mil por mês assim que a nova gestão municipal voltasse a apoiar financeiramente o time.

Conforme o ex-treinador, nos meses de janeiro e fevereiro, ele teria recebido, ao total, R$ 600, faltando R$ 1.400.

“Ele me disse que quando saísse o repasse ia me pagar e eu fiz dívidas e ele se faz de bobo. Como vou mandar dinheiro para mulher e filho recebendo somente R$ 300? Eu pedi pra sair do time. Esse acordo não foi feito em reunião, foi feito somente eu e ele.”

Além disso, Tabaco também denuncia a falta de prestação de contas por parte da presidência. O Seduc realiza ações para arrecadar dinheiro como rifas e pasteladas e as notas fiscais dos débitos e créditos não chegavam até os funcionários, ficando a dúvida de quanto realmente era arrecadado e gasto.

“Só passa pela mão dele. Ele está lá faz 31 anos. Nunca vi uma diretoria de uma pessoa só. Ele ganha ajuda em tudo, até no combustível, mas os treinadores nunca sabiam ao certo quanto de dinheiro que a Associação tinha. Uma vez um jogador nosso foi para Uberlândia e o time de lá doou tênis para os atletas daqui. O Wilson foi lá e colocou todos os tênis para venda na loja do clube.”

Ainda conforme o ex-funcionário, outra situação inusitada também aconteceu quando o presidente bateu o carro.

“Ele estava com o pagamento de todos os funcionários dentro do carro. Bateu o veículo e disse que foi roubado durante o acidente. Ficamos todos sem receber.”

O impasse do salário seria apenas o estopim para que Tenilson deixasse de treinar o time-base. 

“Muita coisa errada eu via lá dentro, mas como a gente precisa trabalhar, se cala. Agora está se fazendo de vítima. Em muitos lugares o Seduc está com as portas fechadas por causa dessas pequenas coisas que ele faz. Se o atual prefeito, que é da oposição dele, não estava mais fazendo o depósito então que ele feche as portas para que a população pressione o poder público, mas ele esta lá há mais de 30 anos e não quer lagar o osso”.

A voz da diretoria

O presidente do Seduc, Wilson Santana, afirma que a história não é bem assim. Ele mostrou documentos à reportagem onde, no ano passado, recebia um repasse de R$ 7 mil da prefeitura para gastos com funcionários, limpeza e manutenção.

Com a mudança de prefeito, essa ajuda foi cortada, sendo necessário abrir um novo pedido de verba em janeiro. Quando questionados sobre o acordo “de boca”, o presidente, vice-presidente e relações públicas do clube afirmam que uma reunião foi feita com todos os seis colaboradores onde foi esclarecido que enquanto o Seduc não tivesse a ajuda do município, os funcionários receberiam apenas um salário simbólico.

“O repasse saiu somente em agosto deste ano e foi de apenas R$ 2 mil por mês. Em janeiro e fevereiro, os meses que ele trabalhou conosco, não tínhamos dinheiro e por isso pagamos apenas o que podíamos. Estão todos de prova que isso foi o combinado”.

Wilson Santana é enfático ao dizer que não sente rancor sobre as acusações feitas por Tabaco e acredita que esse assunto deve ser resolvido da melhor forma.

“Não tenho mágoas dele porque ele foi criado aqui com a gente, é um homem muito bom. Mas ele acha que tem que receber, tem que procurar a Justiça do Trabalho e não expor meu nome porque o clube tem uma história a zelar”.

(Atual contrato entre Prefeitura e Clube)

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