A paixão pela robótica motivou 4 meninas estudantes do Instituto Federal em Aquidauana a participarem da Olimpíada Brasileira de Robótica. Em feito inédito, Natalia Melo, Caroline Dias, Laís Hara e Geovana Chaves conquistaram o 8º lugar na etapa estadual de nível 2 (Ensino médio).
As jovens com idade entre 16 e 17 anos, intituladas de “Marias”, desenvolveram, durante dois anos, um projeto de robô que funciona através de sensores. O robô, batizado de Mariazinha, foi criado no ano retrasado para a Olimpíada de 2016. Este ano, as meninas juntamente com o treinador Diego Santana aperfeiçoaram o protótipo e conseguiram ser o único grupo de mulheres à chegarem na final.
O robô foi preparado com sensores de cor e ultrassônicos, além de possuir garras. O objetivo do modelo é ser programado à distância para o resgate de vítimas de acidentes. Através de programação de hardware, ele deve passar uma pista com obstáculos, chegar até a vítima, que no caso é representada por uma bola, e levar o acidentado até o local de atendimento.
A disputa estadual foi realizada nos dias 25 e 26 de agosto no Centro de Convenções e Exposições Albano Franco, em Campo Grande, e englobou instituições públicas e privadas do ensino fundamental, médio e técnico. Por causa da idade, ano que vem será a última vez que as Marias poderão competir na Olimpíada. O técnico Diego avaliou como inédita a conquista das garotas que, mesmo não ficando entre os 3 primeiros lugares, destacaram-se a nível estadual.
“Foi uma conquista maravilhosa. Esta área tem pouca inserção de mulheres e, por ser o único grupo feminino na final, elas tiveram até torcida organizada”.
O objetivo, ainda conforme o treinador, é aperfeiçoar e treinar para que no próximo ano o boneco se consagre campeão. Ele afirma que a restrição orçamentária dificulta um pouco, como no caso de um sensor falhar e não ter sobressalente.
“Existem outros pólos do IFMS que já foram diversas vezes campeões, mas vamos intensificar os treinos para que no próximo ano sejamos vencedores. Esse é o objetivo”.