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Polícia

21/02/2019 09:11

Acusado de matar a mãe por dinheiro é condenado a 18 anos de prisão por feminicídio

Filho adotivo da mulher pretendia ficar com o dinheiro que ela recebia de um benefício, que seria sacado no dia do crime

Acusado de espancar e matar a própria mãe, Francisco das Chagas Mesquita de Sousa, de 23 anos, foi condenado a 18 anos e 9 meses de prisão por feminicídio. A condenação do Conselho de Sentença da 4ª Vara do Tribunal do Júri, no Ceará, ocorreu nesta terça-feira (19).

O crime aconteceu em 5 de setembro de 2016 no Bairro Quintino Cunha, em Fortaleza. Os jurados consideraram o motivo torpe para o cometimento do crime, já que Francisco das Chagas matou a mãe por dinheiro e também a crueldade do fato.

O assassinato também foi qualificado como feminicídio por ter sido cometido contra uma mulher por razão de sua condição de sexo feminino. O cumprimento da pena será realizado inicialmente em regime fechado.

O crime e a motivação

A vítima, Ila Maria Mesquita de Sousa, tinha 48 anos quando foi morta. Após ser agredida, ela chegou a ser socorrida por vizinhos e hospitalizada, mas faleceu 5 dias depois.

Francisco das Chagas, que é filho adotivo, matou a mãe com o intuito de ficar com o dinheiro que ela recebia de um benefício que seria sacado no dia do crime.

A polícia foi acionada após moradores da área onde a vítima morava ouvirem gritos, mas não identificaram o local das agressões. Apenas no começo da noite Ila Maria foi levada para uma unidade hospitalar.

Violência doméstica

Durante a audiência, o júri reconheceu que o crime foi praticado com crueldade, por ter sido praticado no contexto de violência doméstica e familiar, além da existência de lesões encontradas em diversas partes do corpo da vítima.

O Ministério Público defendeu, durante o julgamento, que a melhor forma de quebrar o ciclo de violência é denunciar a violência doméstica contra a mulher, solicitar medidas protetivas urgentes e, se for o caso, a prisão do agressor, para evitar violência mais grave e até a morte.

Após a morte da vítima, o filho adotivo, que não havia acompanhado a própria mãe até o hospital, nem a visitou, fugiu de casa, logo depois que soube da morte dela. O relatório final do inquérito policial foi realizado, na época pela titular da Delegacia de Defesa da Mulher de Fortaleza, Erika Cecilia Ferreyra Ramírez Moura. Francisco das Chagas foi preso em janeiro de 2017.

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