Uma adolescente admitiu ter mentido sobre uma acusação de estupro contra um estudante da UFC (Universidade Federal do Ceará), segundo a Polícia Civil nesta quinta-feira (31). O estudante, apontado pela jovem como autor do crime teve a prisão revogada. De acordo com informações do G1, a Polícia Civil, no entanto, mantém a investigação de outras denúncias de crimes sexuais relatados pelas alunas da instituição.
Não se sabe, até o momento, se o rapaz solto nesta quinta é investigado como suspeito nos demais casos. Conforme a polícia, a adolescente fingiu ter sido estuprada em via pública, ela chegou a realizar o reconhecimento do suspeito no dia 25 de outubro e voltou atrás em novo depoimento no dia 28, confessando que inventou toda a história.
De acordo com a SSPDS (Secretaria da Segurança Pública), os investigadores descobriram que a jovem criou contas falsas em rede social e enviava mensagens de ameaça para si mesma. A partir daí confessou a versão verdadeira aos policiais.
O universitário, então, teve a prisão temporária revogada, até que as investigações sejam concluídas. Segundo a Secretaria da Segurança, as equipes de investigação não encontraram provas contra o rapaz detido e concluíram que não havia fundamento nas alegações apontadas pela suposta vítima. A jovem, por ser menor de idade, irá responder por ato infracional análogo ao crime de denunciação caluniosa. O caso foi transferido para a DCA (Delegacia da Criança e do Adolescente).
Outros crimes
Além falso estupro relato, existem outras denúncias de crimes sexuais ainda em investigação pela Polícia Civil. Um dos casos teria ocorrido em abril deste ano, o trabalho de apuração segue concentrado na Delegacia de Defesa da Mulher de Fortaleza.
Outras vítimas, ouvidas pelo DHPP (Departamento de Homicídio e Proteção à Pessoa), também relataram importunação sexual e são apuradas pela 12º Delegacia.
Ao todo, oito pessoas já depuseram no DHPP sobre denúncias de estupro e importunação sexual sofridas por estudantes de um cursinho preparatório, em Fortaleza. As vítimas são acompanhadas pelo SPS (Centro de Referência e Apoio à Vítima de Violência, da Secretaria de Proteção Social, Justiça, Cidadania, Mulheres e Direitos Humanos).