Ao todo, 11 mulheres mortas vítimas de feminicídio na Capital e 33 em Mato Grosso do Sul. Esse é o cenário sangrento de 2020. Diante da pandemia da covid-19 e com mais pessoas em casa, houve aumento de mortes violentas das mulheres, conforme informações policiais.
De todas as 11 vítimas em Campo Grande, apenas três haviam solicitados medidas protetivas.
Um dos casos da Cidade Morena é o de Dulci da Silva Martinelle, 80 anos, morta no bairro Tarsila do Amaral.
Conforme as investigações, Dulci foi trancada pelo marido, Vicente Mendes de Campos, 76 anos, e teve a casa incendiada. Ele está preso preventivamente, indiciado por incêndio qualificado e feminicídio.
Fabiana Lopes dos Santos, 37 anos, foi morta no dia 4 de dezembro, no bairro Parque do Lageado, com 19 facadas.
A vítima optou pelo divórcio em 2018 e, desde então, nem ela e nem a família tinha interesse em manter contato com o assassino, Wantuir Sonchini da Silva, 43 anos, que estava detido desde 2018 e havia sido colocado em liberdade no mês de setembro de 2020.
Ele foi condenado pelo assassinato da ex-sogra Alzair Bernardo Lopes.
Após ser colocado em liberdade, ele procurou Fabiana para tentar reatar e o resultado foi a morte trágica da mulher. Wantuir foi achado morto no dia 8 de dezembro em Ribas do Rio Pardo.
Já no dia 13 de dezembro, Luzia Rodrigues Bittencourt, 68 anos, foi morta em casa, com golpes de facão desferidos pelo companheiro no Distrito Nova Casa Verde, em Nova Andradina.
Após atacar brutalmente a companheira com um facão, o idoso se trancou em casa. A polícia foi chamada pelos vizinhos e o suspeito preso.
No mesmo dia, Joyce Gonçalves dos Santos, 37 anos, foi morta a facadas por Reginaldo Gomes de Souza, 41 anos, no conjunto Flamboyant II, em Corumbá.
Vizinhos ouviram gritos de socorro e acionaram a polícia. O suspeito foi preso em flagrante e vai responder por feminicídio. Ele alegou que matou para se defender.
Esses são apenas alguns dos casos que marcaram o ano em Mato Grosso do Sul.