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Polícia

12/10/2021 08:40

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Governador que teve filha executada compara Paraguai com México

Ele diz que a cidade é um mercado livre da morte

Após Haylee Carolina Acevedo Yunis, 21 anos, ser morta a tiros de fuzil em Pedro Juan Caballero, o pai Ronald Acevedo, que é governador de Amambay, no Paraguai, comparou a cidade  à região de Sinaloa, um dos estados mais violentos do México, dominado por cartel de narcotraficantes. 

Ronald Acevedo deu entrevista a uma rádio local e disse que as vítimas da chacina estavam no novo Sinaloa do México chamado Pedro Juan Caballero. Ele afirma que a cidade, na fronteira com Ponta Porã -MS, é um mercado livre da morte, um mercado livre das drogas.

Haylee foi morta ao lado das amigas brasileiras Kaline Reinoso de Oliveira, 22, e Rhannye Jamily Borges de Oliveira, 18, estudantes de medicina na UCP (Universidade Central do Paraguai).

Segundo a Polícia do Paraguai, o alvo do ataque era Osmar Vicente Álvarez Grance, 32, o Bebeto. Ele foi morto com 31 tiros. Seis brasileiros suspeitos de envolvimento na chacina foram presos ontem em um sobrado na localidade de Cerro Corá, vizinha a Pedro Juan Caballero.

O corpo de Kaline Reinoso, natural de Dourados, foi enterrado no cemitério Parque Primavera. A amiga dela, Rhannye Jamilly, foi sepultada em um cemitério em Curvelândia no Mato Grosso.

Reforço na segurança após tragédia

A Sejusp (Secretaria de Estado, Justiça e Segurança Pública) reforça  segurança da fronteira com mais de 80 homens que ajudam a manter a ordem e nas investigações acerca dos últimos crimes na cidade. Inclusive do vereador de Ponta Porã Farid Fafif (DEM), morto a tiros na última sexta-feira, antes do atentado que matou a filha do governador. 

O colunista da Uol, Josmar Jozino, desde junho de 2016, quando o narcotraficante Jorge Rafaat Toumani, 56, chamado de "rei da fronteira", foi morto a tiros durante uma emboscada coordenada pelo PCC, a violência se intensificou na fronteira.

Autoridades das forças de segurança de Pedro Juan Caballero e de Ponta Porã afirmam que ao menos 15 pessoas foram assassinadas na região nas duas últimas semanas.

Investigações da Polícia Federal apontaram que o PCC havia montado um quartel-general na região com 174 homens. O primeiro nome da lista era de Giovanni Barbosa da Silva, 29, o Koringa, apontado por agentes como o líder do PCC.

Koringa foi preso em janeiro deste ano em Pedro Juan Caballero. O posto dele foi assumido por Weslley Neres dos Santos, 35, o Bebezão, preso em março de 2021.

A suspeita da polícia paraguaia é de que Osmar Grance, o alvo da chacina de sábado, tenha delatado Bebezão e, por isso, foi assassinado. O objetivo do PCC na região - segundo as autoridades - é manter a hegemonia na distribuição e comercialização de drogas, especialmente cocaína, e armas.

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