Uma batida policial mirando encontrar informações sobre a milícia desmantelada pela operação Omertà acabou dando de cara com outro tipo de criminalidade: o tráfico de drogas. Alvo de mandado de busca e apreensão, o guarda municipal Igor da Cunha de Souza mantinha em sua residência todos os petrechos necessários, e usados, na venda de entorpecentes.

Durante a Omertà, operação do Gaeco (Grupo de Atuação Especial e Combate ao Crime Organizado) e Garras (Delegacia Especializada de Repressão a Roubo a Banco, Assalto e Sequestros), o juiz Marcelo Ivo de Oliveira, da 7ª Vara Criminal de Campo Grande, determinou as buscas.

Porém, o objetivo do juiz era encontrar informações referentes ao caso, como mostra o despacho, veja: 'apreender cadernos, anotações, registros e livros formais ou informais relacionados à atuação da organização criminosa, HDs, laptops, pen drives, arquivos eletrônicos de qualquer espécie, agendas manuscritas ou eletrônicas, quando houver suspeita que contenham material probatório relevante, como acima especificado'.

Na hora da batida, na rua Tonico Saad, nº 211, na Vila Glória, o encontrado foi muito além dos dois pen drives, dois cartões de memória e uma GoPro. Pacotes de cocaína, pinos (onde se coloca a droga), balança de precisão e todo o esquema de ‘montagem’ da droga para a venda foi flagrado.

Tudo foi documentado pelos policiais e enviado novamente ao juiz Marcelo Ivo. A batida foi realizada no dia 27 de setembro, quando foi deflagrada a Omertà.

Operação Omertà
A operação tem o nome de Omertà, uma referência à máfia siciliana e napolitana, que quer dizer o código do silêncio e família. A ação teve apoio de 17 equipes do Garras, Gaeco e Batalhão do Choque. Em Campo Grande, foram cumpridos 44 mandados, sendo 13 de prisão preventiva, 10 de prisão temporária e 21 de busca e apreensão.