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Polícia

25/09/2019 11:00

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Com medo, vizinhos relembram morte de rapaz e relatam silêncio total após assassinato

Jhonatan foi executado com disparos de arma de fogo na calçada de uma casa na noite de ontem

O clima é de silêncio e portas trancadas na rua onde o jovem de 21 anos, Jhonatan Estanley Caldas, foi executado a tiros. O rapaz morreu na noite de ontem (24), após ser baleado na calçada de uma residência na rua Belo Canto, no bairro Jardim Anache, em Campo Grande.

Vizinha da casa onde ocorreu o crime, uma idosa de 65 anos, que prefere não se identificar, disse que já estava deitada quando ouviu seis disparos de arma de fogo. “Parecia que era dentro da minha casa. Foram seis disparos e depois tudo ficou em silêncio. Não gritaram, não pediram por socorro, só ficaram em silêncio e chamaram socorro”.

Questionada sobre uma possível confusão antes dos disparos, a idosa destaca que não ouviu brigas e nem discussões. “Não teve nada antes, estava silêncio, depois ouvi os tiros. Essa casa é bem movimentada, tem muitos usuários, o dia todo entrando e saindo daí. Eu moro aqui há 40 anos, nunca tinha visto uma coisa dessas. Eu vi que juntou muitas pessoas depois, mas preferi continuar deitada, a gente fica com medo dessas coisas”.

Outro morador, que também pediu para não ser identificado, disse que não estava em casa no momento do crime e, quanto retornou, viu a perícia no local. “Só fiquei sabendo do que aconteceu, não vi nada. Eu quase não saio e, quando estou em casa, fico para dentro. A região é perigosa, tem muitos usuários, prefiro ficar dentro de casa”.

De acordo com o Boletim de Ocorrência, a tia da vítima relatou que o sobrinho estava sendo ameaçado por integrantes de uma facção criminosa.

O crime

Jhonatan estava acompanhado de cinco amigos na calçada da casa, quando um veículo de passeio ocupado por dois homens passou pelo local. Após estacionar o carro na esquina, a dupla desceu, caminhou em direção à vítima e efetuou os disparos.

Em seguida, os dois homens fugiram, tomando rumo ignorado. O Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência) foi acionado e constatou o óbito da vítima.

O caso foi registrado na Depac (Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário) do Centro como homicídio qualificado pela traição, de emboscada, ou mediante dissimulação ou outro recurso que dificulte ou torne impossível a defesa do ofendido. 

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