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Polícia

03/10/2018 14:41

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Corregedora da Polícia Civil de MS afasta 2 investigadores por corrupção

Eles foram punidos por favorecer máfia ligada ao contrabando de cigarros

Dois investigadores da Polícia Civil de Mato Grosso do Sul foram afastados dos cargos por participação em esquema que facilitava organizações criminosas ligadas ao contrabando de cigarros. Os dois tinham sido presos na Nepsis, operação da Polícia Federal, deflagrada no dia 22 do mês passado.

Os dois policiais – Gilvani da Silva Pereira, da delegacia de Eldorado e Élcio Alves da Costa, que cumpria expediente na delegacia de Bataguassu – foram punidos pela corregedora-geral da Polícia Civil, a delegada Rosely Aparecida Molina.

Além de afastar os investigadores, que estão presos, a corregedora determinou que as armas e as carteiras funcionais deles devem ser recolhidas.

Nas portarias que anunciam o afastamento dos policiais, publicadas nesta quarta-feira (3) no Diário Oficial do Estado, noticiam-se que os investigadores respondem também por ações disciplinares, medidas que podem tirá-lo de vez da Polícia Civil.

A OPERAÇÃO

Policiais federais deflagraram dia 22 a Operação Nepsis para desarticular organização criminosa especializada no contrabando de cigarros e combater a corrupção policial que facilitava esses crimes nos estados de Mato Grosso do Sul, São Paulo, Paraná, Rio de Janeiro e Alagoas.

Ao menos 280 policiais federais de diversos estados foram às ruas para cumprir 35 mandados de prisão preventiva, oito mandados de prisão temporária, 12 suspensões de exercício de atividade policial e 43 mandados de busca e apreensão nos cinco estados. Entre os presos, além dos líderes e dos “gerentes” da organização criminosa, encontram-se policiais da Polícia Rodoviária Federal (PRF), da Polícia Militar e da Polícia Civil do Mato Grosso do Sul.

Segundo a PF, a organização criminosa investigada formou um consórcio de grandes contrabandistas, com a criação de uma sofisticada rede de escoamento de cigarros contrabandeados do Paraguai pela fronteira do Mato Grosso do Sul.

De acordo com as investigações, essa rede estava estruturada em um sistema logístico de características empresariais, com a participação de centenas de pessoas exercendo funções de “gerentes, batedores, olheiros e motoristas” e, ainda, a corrupção de policiais cooptados para participar do esquema criminoso.
Com base na investigação, estima-se que, no ano passado, os envolvidos tenham sido responsáveis pelo encaminhamento de ao menos 1,2 mil carretas carregadas com cigarros contrabandeados às regiões Sudeste, Centro-Oeste e Nordeste.

 

 

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