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Polícia

09/07/2019 09:13

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Discussão e tapa no rosto resultaram em confusão que terminou em morte no cinema

Acusado ligou para a PM e Bombeiros relatando o fato e tentou estancar a hemorragia sob o queixo do bioquímico, quando os socorristas chegaram, o rapaz já havia morrido

Uma discussão por causa do assento e agressões acabaram motivando a morte do bioquímico Júlio César Cerveira Filho, 43, na tarde de ontem (8), na sala 1 do cinema do Shopping Avenida Center, em Dourados. Preso em flagrante, o policial militar ambiental Dijavan Batista dos Santos, 37, alegou legítima defesa. 

Conforme informações repassadas pelo advogado do PM, na tarde de segunda-feira ele chegou ao local acompanhado dos filhos de 14 e 9 anos para assistir ao filme “Homem-Aranha Longe de Casa”. O trio teria feito a aquisição das poltronas 9, 10 e 11 na fileira sete.

Ao entrar na sala, Dijavan teria encontrado Júlio em outro assento ao lado da filha adolescente, se acomodando e deixando um dos meninos ao lado do bioquímico. Durante a sessão, ainda de acordo com a defesa do acusado, a vítima teria provocado o filho do policial abrindo os braços e as pernas, fazendo com que ambos trocassem de lugar. 

A versão é a mesma do boletim de ocorrência registrado no 1º Distrito Policial de Dourados. Minutos depois houve nova discussão e Dijavan teria sido agredido com chutes e teve, inclusive, os óculos quebrado após ser atingido com um soco. Logo depois, Júlio levantou alegando que sairia da sala e, segundo a ocorrência, deu um tapa no rosto do menino. O suspeito ameaçou chamar a polícia e foi atrás da vítima. 

Na escadaria da sala de cinema, Júlio interpelou e puxou a camisa do policial. Em seguida o militar sacou a arma, pistola .40, e se identificou, momento em que a vítima foi para cima dele tentando pegar o objeto. Os dois entraram em luta corporal e caíram, momento em que ocorreu o disparo, conforme a defesa, acidental. O tiro atingiu Júlio no peito e transfixou o pescoço. 

O acusado ligou para a Polícia Militar e o Corpo de Bombeiros relatando o fato e tentou estancar a hemorragia sob o queixo do bioquímico, mas, quando os socorristas chegaram, o rapaz já havia morrido. No local, a Polícia Militar realizou a prisão de Dijavan. 

Inicialmente, ele foi encaminhado ao quartel da PMA, próximo ao shopping, e depois para o 3º Batalhão, antes de ser levado a prestar depoimento no 1º Distrito Policial. A arma usada pelo policial não possuía registro e foi apreendida com 12 munições do mesmo calibre. Autuado em flagrante, Dijavan ficará preso no quartel da PMA em Dourados até decisão judicial.

Além do Inquérito Civil, a Polícia Militar instaurou procedimento para apurar o caso. Câmeras de segurança da sala de cinema também serão usadas para analisar os fatos. O delegado do SIG (Setor de Investigações Gerais), Rodolfo Daltro, agendou uma coletiva para esta terça-feira (9) para dar mais detalhes sobre o caso. 

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