Marceneiro, de 26 anos, justificou que escondeu a ex-enteada, uma menina de 11 anos, para que ela não fugisse sem rumo e corresse perigo sozinha, no domingo (1º), em Campo Grande. A menor já foi devolvida para a mãe, depois de ficar sumida por dois dias. 

Conforme o advogado do marceneiro, Caio Moura, 28 anos, a enteada procurou o ex-padrasto, na manhã de domingo (1º), alegando que não queria mais viver com o pai biológico. Ela teria dito ao marceneiro, que se ele não lhe ajudasse, fugiria sozinha, sem rumo. 

O advogado disse ainda que o ex-padrasto ficou sensibilizado e, por isso, acolheu a criança.

Destacou, também, que ela o procurou por ter convivido por anos com ele e tem carinho pelo ex-companheiro da mãe. 

Na noite desta segunda-feira (2), o marceneiro acionou o advogado, que orientou que ele entregasse a menina na Delegacia Especializada de Proteção à Criança e ao Adolescente, em Campo Grande. 

O defensor do suspeito também esteve na delegacia. Ele relata que trocou algumas palavras com a garota e, ela mesma confirmou a fuga, porque não queria mais morar com o pai biológico. A guarda da vítima pertence ao pai e ela passa os finais de semana com a mãe. 

A garota foi ouvida na Depca nesta terça-feira (3). Já o suspeito não foi ouvido ainda. 

A delegada do caso, Fernanda Mendes, destacou que o marceneiro deve ser indiciado por subtração de incapaz. A mãe do suspeito e um amigo dele, que deram abrigo para a adolescente, devem responder por favorecimento pessoal. 

Por precaução, Fernanda pediu exame sexológico, para saber se houve algum abuso do padrasto em relação à vítima. A defesa do ex-padrasto disse que não chegou requisição para o cliente.