A Federação das Religiões de Povos de Terreiro de Mato Grosso do Sul - Ajô Nilê usou as redes sociais, nesta terça-feira (22), para emitir uma nota de repúdio sobre o caso envolvendo um suposto pai de santo, de 63 anos, que estuprou uma adolescente, de 15 anos, em uma casa de Umbanda, na região do Zé Pereira.
Na nota, a federação explica que o 'suposto pai de santo' não é filiado ao órgão e não há informação sobre o homem ser um sacerdote de Umbanda, "uma vez seus adeptos jamais cometeriam uma atrocidade desta monta".
O caso aconteceu durante uma sessão em que autor e a vítima estiveram sozinhas em uma sala. O caso está sob investigação na Depca (Delegacia Especializada de Proteção a Criança e ao Adolescente), mas o idoso foi preso em flagrante e encaminhado para a Deam (Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher).
O idoso relatou para a polícia que esta incorporando uma entidade. Porém, a tese teria sido confrontada pela federação, pois essa entidade, ou qualquer outra que se manifesta na Umbanda, conseguiria cometer um ato de tamanha atrocidade.
"Para aclarear aos associados, adeptos e a sociedade, esta Federação quer deixar claro que não procede, de forma alguma, as alegações de que a entidade Ogum Beira Mar, ou qualquer outra que se manifesta na Umbanda, cometeria ato de tamanha atrocidade, com uma jovem ou qualquer outra pessoa. É importante ressaltar Caboclos, Pretos Velhos, Exus, e demais espíritos que se manifestam na seara Umbandista, são entidades de luz, que vem para promover sempre o bem, a cura, a boa palavra aos consulentes", diz trecho da nota.
Com todos os fatos em mãos, a federação aponta que o idoso estaria se valendo de uma entidade de luz para esconder sua lascívia e seus desejos sórdidos sexuais, tentando usar uma entidade de Umbanda como pano de fundo para se esquivar dos seus atos totalmente ilícitos perante o ocorrido na noite de ontem.
"Portanto, a Federação Ajô Nilê repudia veementemente o fato ocorrido, devendo esta pessoa responder criminalmente pelo ato cometido em face da jovem que sofreu o abuso sexual".
O caso
Em seu interrogatório, o autor disse que em toda a sessão permaneceu semiconsciente, não se recordando de alguns detalhes, principalmente no que diz respeito ao estupro cometido contra a adolescente. Mas relatou que a sessão envolveria toques físicos.
Esses toques começariam nos pés para retirar as energias ruins e ao comentar o fato, o idoso disse que a vítima estava carregada e cheia de problemas em sua vida pessoal. Ainda tentando se defender das acusações, ele disse que essa prática é comum para descarregar as energias ruins que havia absorvido da vítima durante a sessão.
A garota saiu da sessão estarrecida e extremamente nervosa. Ela contou à mãe sobre o estupro imediatamente e a genitora acionou a Polícia Militar. Segundo a adolescente, o suspeito tocou as suas partes íntimas e a obrigou a pegar em seu órgão genital, a segurando forte pelo braço e colocando a sua mão na região.
A menor contou ainda que, por diversas vezes, tentou retirar a mão do órgão genital do suspeito, porém era impedida por ele, que a segurava cada vez mais forte. O acusado ficou por cerca de cinco minutos com a vítima e, após o ato, e antes de liberá-la, disse à adolescente que ela não contasse nada a ninguém.








