Ações fraudulentas nas compras de materiais que prejudicavam o Hospital Regional de Mato Grosso do Sul viraram alvo de investigação do Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado) e, nesta quarta-feira (7), a 'Operação Parasita' foi deflagrada pelo órgão.
O objetivo foi dar prosseguimento a investigação e ao cumprimento de pelo menos 18 mandados de busca e apreensão em Campo Grande e na cidade de Itajaí, em Santa Catarina. Todos os documentos foram expedidos pela Justiça de Mato Grosso do Sul.
De acordo com o Ministério Público, a investigação levantou informações que podem levar a crimes de associação criminosa, licitação, emissão de notas fiscais falsas, falsidade ideológica e peculato por conta de falsos procedimentos de compra e venda de produtos que nunca foram entregues ao hospital.
Uma das situações apresentadas pelo Gaeco é que a simulação de R$ 2,5 milhões envolveria compra de materiais em falta no hospital e serviriam para realização de exames e procedimentos essenciais para os pacientes.
Assim, havia um rombo de mais de R$ 14 milhões nos últimos por causa das compras fraudulentas. Dessa forma, caracterizava-se o desvio de dinheiro público e o pagamento ou recebimento de propina.
Os mandados de busca e apreensão têm como alvos pessoas físicas e jurídicas vinculadas à investigação.
Participam da operação os integrantes do GECOC, dos GAECOs de Mato Grosso do Sul e de Santa Catarina, além de policiais militares do BOPE (Batalhão de Operações Policiais Especiais).
O nome Parasita decorre da ação danosa que suga os recursos públicos da saúde, prejudicando tanto o regular funcionamento do hospital público como os pacientes do Sistema Único de Saúde.
O Hospital Regional, por meio de nota, informou que a operação não foi direcionada ao espaço físico, colaboradores ou a sua diretoria. "Reiteramos que todos os casos nos campos, administrativo e assistencial são pautados nos ditames éticos e legais vigentes".







