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Polícia

02/09/2019 16:30

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Golpe online direcionado às crianças usa personagens da Turma da Mônica

Golpe pede que as crianças informem os dados do cartão de crédito dos pais. Especialista em segurança dá dicas de como proteger a família

Os golpes online não são novidade. Desde que a tecnologia passou a fazer parte da rotina das pessoas, os especialistas em segurança na internet alertam para ter cuidado com e-mails, mensagens com links suspeitos ou soliciando qualquer tipo de informação pessoal.

No entanto, dessa vez, a imagem que circula nas redes sociais e aplicativos de mensagens tem como alvo as crianças. Nela os personagens da Turma da Mônica — bastante conhecidos do público infantil — dizem estar "procurando um novo amigo". Para fazer parte da "turminha", basta informar algumas informações do cartão de crédito da mamãe.

Por meio da assessoria de comunicação, a Mauricio de Sousa Produções (MSP) informa que "não tem nenhuma relação com a postagem fake que circula na internet e aplicativos de mensagens, como WhatsApp, usando indevidamente as imagens dos personagens da Turma da Mônica, solicitando para as crianças o envio de dados de cartão de crédito e CPF de seus pais. A MSP alerta para que não se repasse esse tipo de conteúdo falso adiante".

Segundo a especialista em segurança na internet, Kalinka Castelo Branco, da Universidade de São Paulo (USP), informações pessoais jamais devem ser repassadas pela internet ou aplicativos de mensagens. "Os pais correm o risco — eu diria que de 99% — de terem compras sendo executadas em seu cartão de crédito. Em geral, quando se faz uma compra online, essas são as informações solicitadas", diz. 

Como proteger a família?

O primeiro passo, segundo Kalinka, é habilitar um serviço (junto ao banco) para que o titular do cartão receba uma mensagem de texto informando cada compra realizada. "Nesse caso, a pessoa percebe rapidamente que tem algo errado e pode ligar para o banco, impedindo que outras compras sejam feitas. Independente disso, será difícil cancelar a primeira compra, a não ser que se prove que os dados foram roubados", explica.

O próximo passo é ter uma conversa com os filhos. "Os pais têm que informar as crianças que não devem fornecer nenhuma informação na internet. A criança que consegue fornecer os dados já sabe escrever e, por isso, já tem capacidade para entender o que pode ou não fazer. Sabemos que muitas vezes é tentador, mas cabe aos pais tentarem (e relembrarem) sempre os filhos que informações — não só de cartão de crédito, mas também endereço, número de telefone, dados pessoais, nomes dos pais, etc — nunca devem ser colocadas de forma pública e que isso pode causar muitos problemas", alerta.

Segundo a especialista, existem sites que falam sobre esse perigo de forma lúdica, através de vídeos e cartilhas de segurança. "Um exemplo é o NIC.br, entidade sem fins lucrativo que executa as decisões do Comitê Gestor da Internet no Brasil", sugere Kalinka.

* Matéria editada às 14h40 de 4/9 para correção

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