A Polícia Civil detalhou que o homem que viu a acompanhante, Raquel Perciliano, 59 anos, morrer durante relação sexual, rodou com o corpo por 2 horas, antes de desová-la em uma área rural de Terenos. O caso ocorreu durante o domingo (27) e foi revelado pelo acompanhante nesta segunda-feira (28).

Segundo o delegado Gabriel Desterro, o suspeito revelou que estava no carro com a acompanhante na região da MS-355 quando começaram o ato sexual. No meio da relação, Raquel passou mal com falta de ar e dor no peito e ele decidiu encaminhá-la para um hospital. No entanto, percebeu que ela morreu no meio do trajeto e não soube o que fazer. 

Ainda segundo o policial, o homem contou que circulou com o corpo da vítima no veículo por cerca de duas horas e sem rumo específico, em razão do nervosismo. Ele mudou a rota e desovou o cadáver em uma vala, perto da entrada de um frigorífico e não informou as autoridades. No dia seguinte, pediu ao advogado que avisasse a polícia sobre o ocorrido. 

O exame pericial, diz o delegado Gabriel, confirmou parcialmente a narrativa do suspeito, por haver vestígios compatíveis com morte por ataque cardíaco. No entanto, Percilliano tinha marca de lesão no rosto, compatível com lesão antes da morte. Sendo assim, o suspeito, que já vai responder por ocultação de cadáver, também pode ser indiciado por  homicídio culposo. 

''Não foram encontrados outros vestígios de luta corporal ou agressão, seja no carro ou no corpo da vítima'', anotou Gabriel Desterro.