Um jovem de 21 anos, cuja identidade não foi divulgada, foi preso pela Polícia Federal, na manhã desta quarta-feira (27), em Campo Grande, por armazenar e compartilhar 400 vídeos de sexo envolvendo crianças. Entre o material encontrado no celular dele, 60 tinham cenas de sexo com bebês.
A ação da PF foi no âmbito da Operação Cabreira, que conta com o uso de ferramentas desenvolvidas nos Estados Unidos, capazes de buscar esse tipo de conteúdo na internet. O delegado Cléo Mazotti disse que foram cumpridos dois mandados de busca e apreensão. Na primeira residência, nada foi encontrado, mas em outra residência, de classe média, no Monte Castelo, o material foi achado com o suspeito.
O delegado responsável pela operação, Marcelo Alexandrino, disse que até o momento não foram encontrados vídeos de participação do suspeito em abusos de crianças. No entanto, o aparelho telefônico dele vai ser periciado para ver se há registro de mais crimes.
Apesar de ainda não haver registro de que o suspeito tenha abusado de alguém, ele é considerado um pedófilo, mas não um abusador. A PF constatou que o jovem cometia esse tipo de crime desde 2014 e chegou a tirar a foto de um sobrinho pequeno, usando short e enviou aos demais contatos que possui na rede.
(Delegado disse ver sexo com crianças não é normal)
Ainda segundo Alexandrino, uma pessoa que guarda esse tipo de conteúdo, se não abusou de alguém, provavelmente vai abusar no futuro.
''Isso não é um comportamento normal'', destacou Marcelo, que fez questão de lembrar que não adianta os criminosos trocarem de aparelho ou de aplicativos, pois a polícia vai chegar até os demais envolvidos.
O delegado conclui dizendo que as penas para esse tipo de crime poderiam ser maiores. Atualmente, possuir imagens de sexo com crianças rende pena de 1 a 4 anos, e por o material a pena é de 3 a 6 anos.