Foi divulgado nesta semana pelo MJSP (Ministério da Justiça e Segurança Pública), uma lista de criminosos foragidos, como parte do projeto ‘Captura’, com objetivo de localizar e prender indivíduos considerados de “alta periculosidade”.
Na relação, sete são de Mato Grosso do Sul e cinco são processados pelo MPMS (Ministério Público de Mato Grosso do Sul), condenados e um responde a processo por homicídio.
Entre eles, há condenados por crimes graves, como assaltos cometidos de forma violenta; homicídios antecedidos por tortura, durante justiçamentos ordenados por facção criminosa; tráfico de entorpecentes; posse de arsenal; evasão de capitais; lavagem de dinheiro, e outros ilícitos cometidos por organizações criminosas.
Saiba quem é quem abaixo:
Ricardo de Souza (também conhecido como Luis Carlos dos Santos)
O indivíduo, que usava nome falso, foi condenado em 2017 à pena de 4 anos, 2 meses e 12 dias de reclusão em regime fechado, além de 980 dias-multa, em processo derivado da investigação Ictus, do Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (Gaeco/MPMS), ofensiva responsável pela condenação de uma dezena de réus integrantes de grupo ilegal comandado de dentro de presídio. Ricardo responde por crimes que revelam sua participação em esquemas estruturados para ocultar valores ilícitos, como organização criminosa, corrupção ativa e passiva e lavagem de dinheiro.
Eder de Barros Vieira (Mistério)
Tem condenação pelo Tribunal do Júri em Campo Grande à pena de 20 anos de reclusão em regime fechado. Um dos chefes da facção criminosa PCC (Primeiro Comando da Capital) no Estado, participou do chamado “tribunal do crime” que resultou na execução de Sandro Lucas de Oliveira, depois de manifestar simpatia pela máfia inimiga do PCC, o Comando Vermelho. Em fevereiro de 2022, a vítima foi sequestrada, mantida em cárcere e degolada, com o corpo posteriormente ocultado em uma fossa. O réu respondeu em liberdade e aguardava o julgamento de recurso, que não prosperou. Foragido, tem pena a cumprir por homicídio qualificado, ocultação de cadáver e organização criminosa.
Cleber Laureano Rodrigues Medeiros (Tubarão ou Dr. PCC)
Tubarão é acusado de homicídios brutais e ligação com o PCC. Responde pelo assassinato de Thiago Brumatti Palermo e Marcelo dos Santos Vieira, em julho de 2023. As vítimas foram mortas por ordem do PCC após adulterarem uma carga de cocaína. Thiago foi estrangulado e Marcelo, carbonizado dentro de um veículo. Cleber será julgado pelo Tribunal do Júri e está foragido.
Osmar Pereira da Silva (Branco)
Investigado em várias situações de crime, Osmar foi condenado a uma pena que totaliza 74 anos de prisão, com previsão de cumprimento final só em 2041. Responde por roubo qualificado, furto qualificado, receptação e participação em organização criminosa. O grupo é especializado em grandes roubos, incluindo assaltos a residências, cargas e instituições financeiras, além da encomenda de fuzis para executar as empreitadas criminosas.
Phillypi Junior Nunes Matos
Foi condenado a 10 anos e 9 meses de reclusão em regime fechado. Sua condenação ocorreu por tráfico de drogas e posse de armas de uso restrito. Foi preso após transportar 417 kg de pasta base de cocaína e três fuzis em uma aeronave, em Itaquiraí, em maio de 2022. A sentença favorável à acusação do MPMS determinou o perdimento da aeronave e a manutenção da prisão preventiva do condenado, que está desaparecido.
Ronaldo Gonçalves Martinez (conhecido como R7)
Nascido em Ponta Porã, na região fronteiriça com o Paraguai, tem condenação pelo Tribunal do Júri à pena de 15 anos de reclusão. Nessa ação penal, foi enquadrado em homicídio qualificado por motivo torpe (vingança, pois a vítima agrediu sua irmã) e corrupção de menores, pois havia um adolescente envolvido na morte de Alexandre Torraca.
Dono da alcunha R7, acumula histórico criminal grave, pois não é primário e já cumpre pena por outros dois homicídios, porte de arma, e responde a processo por tráfico. Além disso, Ronaldo também é alvo de mandado de prisão expedido no âmbito da Operação Blindspot, do Gaeco, que investiga o vazamento de dados sigilosos por um policial penal ao PCC, em um esquema estruturado de tráfico de drogas comandando de dentro do cárcere.
Como denunciar:
O MPMS disponibiliza canais seguros para denúncias anônimas, por meio da Ouvidoria. Qualquer pessoa pode informar o paradeiro desses foragidos, com garantia absoluta de sigilo das informações. Sua colaboração pode ser essencial para fortalecer a justiça e a segurança pública.
É possível denunciar pelo telefone 127, email ouvidoria@mpms.mp.br, portal do MPMS, Plataforma Integrada Fala BR, ou atendimento presencial.









