Após se envolver em confusões no Big Brother Brasil, Lucas Penteado se indispôs com a maioria dos participantes e passou a ser repudiado dentro da casa. Karol Conká foi uma das participantes que mais atacou o brother, chegando a impedir que ele sentasse na mesa para almoçar enquanto os outros comiam. Ele deixou o reality na manhã de ontem (7), por desistência.

O defensor público em Mato Grosso do Sul, Vagner Flausino, explica que o ex-participante pode sim procurar uma delegacia para registrar o que viveu dentro do reality para que se inicie uma investigação. 

“Tem que analisar se houve prática de algum crime contra ele. Racismo estrutural por si só, ele não é crime, é praticado pelas instituições. Nesse caso do Lucas, tem que ver se as ofensas decorrem da raça e da cor dele, ou se aquilo faz parte do jogo disputado dentro da casa. Tem que verificar primeiro isso. Mesmo que decorra em razão do jogo, as ofensas podem sim ser punidas depois ou até mesmo durante o programa. Ele pode se registrar boletim de ocorrência para que se possa investigar e futuramente até mesmo, o Ministério Público pode ingressar com ação criminal”, diz o defensor. 

Segundo Vagner, Lucas também pode requisitar danos morais na justiça. “Se ele entender que foi vítima de racismo, seja o racismo direcionado ou estrutural, aí ele pode buscar reparação com danos morais. Nem tudo que acontece dentro do relacionamento decorre do racismo estrutural. Para entrar lá, eles assinam contrato, não sabemos no contrato até que ponto a emissora pode interferir na relação deles”.

As confusões envolvendo o participante dentro da casa devem passar por uma investigação profunda. “É ideal que se realize uma investigação profunda para entender até que ponto aquelas ofensas são racismo ou em razão jogo, se atitudes praticadas são intencionais para ofender ele, ou para ele desistir e ficar mais fraco no jogo. Não podemos relativizar nunca o racismo porque pode estar ocorrendo. Se caracterizar que foi praticado racismo podem ser punidos criminalmente".