O militar reformado da Aeronáutica, de 43 anos, preso durante a última terça-feira (5) após aplicar golpe do 'falso pix' em pelo menos três óticas de Campo Grande, alegou que praticou os crimes com intuito de revender os óculos para arrecadar dinheiro e comprar remédios para tratamento de sua mãe e pagar o aluguel da casa onde moram, no bairro Universitário.
Em seu depoimento para o delegado da Derf (Delegacia Especializada de Roubos e Furtos), o suspeito apontou que está passando por dificuldades financeiras em razão de toda a atenção estar sendo sua mãe, que sofre de cardiopatia, hipertensão e depressão.
Na casa, moram ele, seu irmão e sua mãe, mas justificou que apenas ele possuí trabalho. Ele contou para a polícia que além do salário da reserva da Aeronáutica, estava trabalhando como motorista de aplicativo para completar a renda e poder arcar com todos os gastos da casa e dos remédios de sua genitora.
Ainda em sua versão, o suspeito explicou que decidiu praticar o crime antes de ir para o Hospital Militar solicitar um exame de ressonância magnética em sua coluna.
O militar reformado passou por audiência de custódia nesta quinta-feira (7) e após ser preso em flagrante, recebeu liberdade provisória da Justiça, mas com algumas medidas cautelares, como comparecimento obrigatório mensal para informar a ocupação e seu endereço, não poderá sair da cidade sem avisar ao juiz.
Relembre
Conforme a Polícia Civil, agentes da Delegacia Especializada de Roubos e Furtos, a Derf, foram informados sobre a ação do suspeito. No detalhe da investigação, consta que o militar da reserva passou em três lojas da Capital, sendo que consumou o golpe em duas.
Ainda segundo a PMCS, na primeira loja, na Afonso Pena, o homem comprou três óculos, que somaram R$ 3.560. Ele simulou um pagamento por PIX e mostrou um comprovante falso, mas com o valor da compra.
O suspeito então foi até outra loja de óculos, na rua José Antônio. Lá ele tentou comprar cinco peças, que saíram a R$ 4.300. Ele mostrou o comprovante do pagamento por PIX, mas o dono percebeu que o valor não caiu na conta e anulou a venda.
O homem preso seguiu com as compras e foi para um shopping e comprou quatro óculos R$ 1.796,40. Do mesmo modo ele mostrou um comprovante adulterado e levou as peças.