Roberto Francisco, 70 anos, foi baleado no bairro Tiradentes, na manhã desta terça-feira (11), após fazer ameaças com um pedaço de pau a um morador da rua Diva Ferreira, em Campo Grande. Segundo a Polícia Militar, o autor dos disparos, de 71 anos, é funcionário do gabinete do deputado estadual Jamilson Name (sem partido).
Segundo testemunhas, Roberto é andarilho e vive causando problemas no bairro e ameaçando as pessoas. Eles disseram que o homem está há seis meses pelas ruas e anda sempre com um pedaço de madeira, xinga as pessoas e amedronta idosos.
O Caso
Roberto acabou levando dois tiros, hoje, depois de discutir e ameaçar um idoso que estava com a esposa em casa. O funcionário do deputado acionou a Polícia Militar e aguardou a chegada da equipe, após ter efetuado os disparos que acertaram o fêmur direito e a clavícula de Roberto.
O dono do imóvel contou há muito tempo está tendo problemas com o andarilho e, nesta manhã, a esposa dele lavava a calçada da casa quando acabou discutindo com Roberto, que de repente chegou e desligou o registro.
O idoso não gostou do fato e também passou a discutir com Roberto, que estaria com um pedaço de pau e teria o ameaçado. Ele perdeu a paciência e pegou a arma de fogo, atirando na vítima.
O funcionário do deputado apresentou porte de arma e foi conduzido a 4ª Delegacia de Polícia Civil para depoimento.
O andarilho foi socorrido pelo Corpo de Bombeiros e Samu (Serviço de atendimento Móvel de Urgência) e encaminhado a uma UPA (Unidade de Pronto Atendimento).
(Foto: Dany Nascimento)
Histórico de agressões
Jenifer Muller, 31 anos, comerciante da região disse que Roberto agride os moradores e idosos que encontra pela rua. Inclusive, ele já deu uma pedrada e jogou um tijolo na cabeça de empresário da região. “Ele apresenta oscilação de humor. Ele sempre deu problema, até demorou para alguém perder a paciência”, diz.
Outro comerciante, Luiz Carlos Freitas, 39 anos, afirma que o andarilho chegou a correr atrás dele com a madeira na mão. “Já tentamos de tudo, o pessoal da Secretaria de Assistência Social vem e ele não aceita ir para o abrigo. Ele dizia que os prédios da região eram dele”.