Pai adotivo de uma adolescente de 15 anos vai continuar preso suspeito de armazenar vídeos e fotos de crianças e adolescentes em cenas de sexo. Preso em flagrante no último dia 12 de junho, em Campo Grande, ele passou por audiência de custódia nessa quinta-feira (14) e teve a prisão preventiva decretada pelo juiz Mauro Nering Karloh.

O suspeito, que foi preso no bairro Coopharádio, em Campo Grande, tinha entre suas vítimas a própria filha, de 15 anos. No dia da prisão, na casa dele, foi encontrado vasto material pornográfico. O homem foi indiciado por crimes previstos no artigo 241 e 241-b, do Estatuto da Criança e do Adolescente.

Vídeos

Dos vários arquivos pornográficos que o suspeito mantinha, três vídeos produzidos e guardados eram da própria filha, quase nua. Em alguns trechos da gravação, a garota chora, mas o pai continua filmando e tocando nas partes íntimas dela.

Ainda no mesmo computador, segundo a polícia, foram encontrados vídeos com cenas de sexo, aparentemente envolvendo adolescentes. O acusado, além de filmar a vítima, tirava várias fotos, (por cima das roupas, de seu corpo e parte íntimas,  onde ela aparecia deitada, como se estivesse dormindo.

Em outros materiais encontrados em HD´s foram localizadas várias fotos e vídeos da vítima manipulando o corpo dentro de um banheiro e quartos da residência, com características de que o possível produtor seria o acusado.

No aparelho celular do pai, havia material pornográfico de uma adolescente se filmando, tocando o corpo, aparentando ser a vítima. A análise técnica foi acompanhada pela mãe da menina, que confirmou que grande parte das imagens eram de sua filha, e acrescentou ter certeza de que as gravações foram feitas pelo próprio pai.

Depoimento

Conforme a mãe da jovem, a filha teria enviado fotos nuas para um amigo, e que por isso teria tomado o celular dela e a mudou de escola. Depois disso, o pai queria saber quem teria recebido as fotos e se passando pela filha, utilizou o celular e conversou com alguns meninos para saber o que mais ela teria aprontado na escola.

Em seu depoimento, a menina revela que o pai teve acesso a todo o conteúdo do celular e passou para o computador dele. Depois de ver que ela havia mandado fotos mostrando o corpo, ele pediu para que ela fosse ao seu escritório nos fundos da casa, e pediu para que ela tirasse a blusa e mostrasse como havia feito para os meninos. Alega ainda que o pai nunca tocou o seu corpo.

A menina teria sido adotada pelo casal e morava com eles há cinco anos. Antes disso, foi adotada por outra família mas acabou retornando à instituição de acolhimento.