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Polícia

05/09/2018 10:39

PF prende mais 2 que prometiam lucros de mina de ouro imaginária

Estelionatários atraiam vítimas interessadas em multiplicar o dinheiro investido

Policiais federais prenderam até a manhã desta quarta-feira (5), em Campo Grande, duas pessoas, sendo um casal, por participação no esquema que arrecadava dinheiro por meio de contratos fraudulentos que prometiam lucros superabundantes que viriam de minas de ouro imaginárias. Outras duas pessoas implicadas no caso, fugiram.

A PF informou que as prisões foram efetuadas no âmbito da terceira fase da “Ofir”, operação deflagrada em novembro do ano passado que pôs na cadeia os chefões da trama. A Ofir desta quarta cumpre desde as 6h da manhã quatro mandados de busca e apreensão e quatro mandados de prisão.

O casal foi preso na região da Lagoa Itatiaia, no bairro Tiradentes. Já as outras duas pessoas que deveriam ser presas moram no bairro Vilas Boas. Na casa, os policiais não localizaram os implicados no caso, mas prenderam um rapaz por porte ilegal de arma e de maconha. Wesley seria o nome dele.

O casal foi identificado como Olodoaldo Araújo de Souza e Adriana Aguiar Viana.

O delegado da Polícia Federal, Cléo Mazzotti, informou que, mesmo com os líderes do golpe presos em novembro, pessoas ligadas a eles mantinham o esquema por meio do Whatsaap.

Ele disse que não tem como contabilizar o número de vítimas. Em novembro, calculava-se em torno de 25 mil, número que dobrou na segunda fase da operação.

Ao TopMidiaNews, no mês de julho passado, o delegado que conduziu o início das investigações, Guilherme Guimarães Farias, estimava em 60 mil o número de vítimas. Os golpistas agiam em todo o país. O escritório central do esquema fica em Campo Grande.

O delegado Mazzotti informou ainda que nesta manhã os policiais federais apreenderam uma caminhonete que seria fruto do esquema aplicado. Nas duas operações anteriores, foram confiscados do grupo joias e dinheiro, em torno de R$ 1 milhão.

Com as duas prisões desta quarta-feira sobe para cinco o número de encarcerados pelo envolvimento no esquema.

Os suspeitos, que alegam inocência e juram que, de fato, existe o dinheiro que prometem às vítimas, deve responder por crimes contra o sistema financeiro, estelionato e ainda por organização criminosa.

Celso Eder de Araújo Neto, o Celsinho, que se apresentava como empresário e que seria líder da trama está preso em Campo Grande desde novembro passado.

TRAMA

Era mirabolante a promessa de lucros acerca do esquema derrubado pela Ofir. Celsinho garantia aos clientes que seria herdeiro de um grupo dono de minas de ouro espalhadas pelo mundo. E que tinha créditos para receber por meio de montante bilionário a ser repatriado.

A importância girava em torno de R$ 4 bilhões e parte dessa fortuna deveria ser doada, do contrário a dinheirama ficaria interditada, bloqueada. 

Aos eventuais beneficiados, disse o delegado, exigia-se um investimento com cifras a partir de R$ 1 mil. Como garantia, Celsinho prometia rendimentos em curto prazo de até mil por cento sobre a importância aplicada.

Aceita a proposta, o golpista, segundo o delegado, mostrava aos clientes documentos fraudados e até pedras preciosas, como rubi, porções delas, ilegítimas.

Celsinho atendia em sua empresa, a Company Consultoria Empresarial, situada na parte central de Campo Grande, e dizia ser administrador de empresas exibindo um diploma falso, conforme o delegado. 
Os parceiros do empresário, Anderson Flores (tio dele) e Sidnei Anjos Peró, também presos, se apresentavam como advogados e mostravam outros diplomas falsificados.

Ofir, nome da operação, seria uma cidade mitológica onde teria em abundância ouro de qualidade. No entanto, essa cidade nunca fora localizada.

 

 

 

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