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há 6 anos

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Pivô de escândalo, agiota que levou sete tiros denunciou poderosos e insistia em andar armado

Em gravações, advogado de Olarte se refere ao agiota como alguém que 'persegue pai e mãe' e 'se tiver que bater, bate'

Salém Pereira Vieira, 36 anos, agiota alvo de sete tiros na manhã desta sexta-feira (2), em Campo Grande, é figura conhecida do meio policial. E político. Com a ajuda dele, Gilmar Olarte se tornou o primeiro prefeito da história de Campo Grande a ser preso. 

A vítima foi surpreendida enquanto levava o filho para a escola, no bairro Guanandi. O estado dele é gravíssimo, segundo a Santa Casa.

Vieira insistia em andar armado. Tem dois processos criminais por porte ilegal de arma de fogo, sendo uma condenação. Quando era preso, dizia que tinha inimigos, por isso o armamento.

O nome dele ficou bastante conhecido, inclusive em rede nacional, após coletar provas, entre elas áudios e filmagens, que mostraram o então vice-prefeito Gilmar Olarte e seu assessor principal, Ronan Feitosa, recebendo dinheiro supostamente fruto de golpes em fiéis da Igreja Assembleia de Deus Nova Aliança do Brasil.

O esquema, conforme Salém, funcionava com o pastor Ronan Feitosa se apresentando aos 'irmãos' como homem influente na política de Campo Grande. Ele prometia cargos na administração e outras facilidades para fiéis que emprestassem dinheiro para ele, na forma de cheques em branco.

Salém conta que, para os fiéis, a promessa era de cargos na prefeitura. Mas o interesse dele eram facilidades em licitações de obras. 

De posse dos cheques, Ronan repassava aos agiotas, que lhe davam o dinheiro. No entanto, durante audiências à Justiça, Salém disse que levou calote de Olarte e Ronan, e resolveu denunciar o esquema.

Conforme o Ministério Público denunciou em 2014, o esquema do cheque em branco arrecadou R$ 900 mil, que seriam, segundo Olarte e Ronan, usados para pagar as dívidas da campanha eleitoral de 2012.

Durante todo o processo, Gilmar Olarte disse que seu assessor, Ronan, agiu sozinho. Ronan disse que o dinheiro que recebia eram doações dos fiéis, já que também era pastor.

Medo

Quando deu entrevista para o programa Fantástico, da TV Globo, Salém apareceu de costas, já que tinha medo das denúncias que fazia.

Conforme gravações telefônicas do Gaeco, um advogado ligado a Olarte passou orientações a um secretário do ex-prefeito em relação a Salém: ''É porrada. Não tem conversa. Persegue o pai, a mãe, o irmão. Se tiver que bater, bate", mostra a gravação.

Gilmar Olarte foi condenado em maio do ano passado a oito anos e quatro meses de prisão em regime fechado. No entanto, recorre da decisão em liberdade.

Ronan Feitosa foi condenado a pena de quatro anos e seis meses e hoje cumpre pena em regime semiaberto. Luís Márcio, outro réu na ação, recebeu pena de um ano de reclusão e multa.

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