Após vasto trabalho de investigação, a Polícia Civil de Campo Grande concluiu, nesta sexta-feira (5), o inquérito sobre o crime contra o menino de quatro anos que foi torturado pelos próprios parentes em rituais de magia negra. A notícia boa, é que o menino deve receber alta amanhã (9) e os responsáveis serão devidamente punidos.
Foram mais de 700 páginas, em razão dos depoimentos, procedimentos da Vara de Infância e Juventude. Conforme o documento, as acusações aos quatro envolvidos, um casal (tios), uma senhora de 60 anos e um jovem de 18 são tortura duplamente qualificada e associação criminosa.
Nesses casos, o inquérito vai para o Ministério Público, que analisa as informações intercedendo sobre o caso, ou seja, oferece denúncia, ou então pede diligências complementares ou até arquivamento.
Como os réus estão presos, o promotor tem o prazo de cinco dias para oferecer a denúncia. “Nesse caso, dificilmente haverá arquivamento, até porque, quatro pessoas estão presas”, destacou o delegado responsável da Depca (Delegacia Especializada de Atendimento às Crianças e Adolescentes), Paulo Sérgio Lauretto.
Se condenados, o delegado explica ainda, que a média da pena pelos delitos, que cada um cumprirá será de 15 anos, conforme as variáveis, lembrando que o crime de tortura é considerado hediondo.
Já o menino que quase ficou cego e terá cicatrizes eternas, por conta das queimaduras em seu corpo, no momento, é praticamente uma “criança normal”, conforme relatos médicos.
A assessoria da Santa Casa informou que o menino está aguardando a alta do cirurgião plástico, em razão do hematoma que sofreu na orelha e passou por pequeno procedimento cirúrgico. A criança deverá ser liberada amanhã, por volta das 10h, sendo acompanhado pelo Conselho Tutelar.