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Polícia

28/10/2019 13:56

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'Quero saber quem botou fogo no meu neném', diz pai de bebê incinerado por engano

Menino morreu 12 horas após o nascimento e sumiu dentro de maternidade

O vendedor Rogério Cardoso de Almeida, 32 anos, contou que ele e a mulher, Juliana Fernandes, 29, ainda sofrem com o desaparecimento do filho recém-nascido de dentro de uma maternidade em Aparecida de Goiânia, Goiás. A criança morreu cerca de 12 horas após o nascimento e o corpo sumiu.

De acordo com informações do O Dia, a Secretaria de Saúde da cidade afirmou que a criança foi incinerada por engano junto com lixo hospitalar. "Você não saber onde está o corpo do seu filho, você não tem aonde ir para matar a saudade dele. Se tivesse o tumulozinho dele lá, eu poderia ir visitar quando desse saudade. Mas nem isso, nem corpo tem mais. A dor é grande", disse Rogério à TV Anhanguera. 

O pai também está inconformado com a falta de entendimento entre a Maternidade Marlene Teixeira e a empresa responsável pela coleta do lixo hospitalar. A Secretaria de Saúde afirma que "chegou-se ao indicativo de que a empresa responsável pelo recolhimento dos resíduos biológicos cometeu um equívoco e levou o corpo do recém-nascido para incineração". 

Por outro lado, a empresa de coleta garante em nota que "não viola o resíduo hospitalar recolhido de seus clientes, que é armazenado em depósito específico de responsabilidade de cada hospital". Ainda segundo a empresa, "nada de anormal foi identificado em suas operações no dia do ocorrido". 

A Secretaria de Saúde afirmou em nota, divulgada no domingo (27), que "o corpo do recém-nascido estava devidamente identificado acondicionado em refrigeração e em um compartimento específico, aguardando o recolhimento pela empresa funerária". 

O pai da criança quer Justiça. "Quero saber quem botou fogo no meu neném. A única que eu mais quero disso é Justiça. Não vai trazer ele de volta, mas saber que quem fez vai está pagando. Que essa pessoa que fez isso deve ter filho também e deveria se pôr no nosso lugar", disse. 

A mãe da criança está inconsolável, Juliana chegou a ser levada para o hospital para ser medicada e receber soro. "Ela não consegue acreditar no que aconteceu. Desde então só chora, e não come. Tive que levá-la para tomar soro no hospital", contou Rogério.

O caso

O bebê, Rogério Junior, nasceu aos sete meses e, de acordo o pai, a maternidade não possui estrutura para cuidar de um prematuro. Rogério nasceu às 14h55 de quinta-feira (24) e ficou vivo por cerca de 12 horas. Na certidão de óbito, consta que a criança morreu por problemas respiratórios. 

"Ele ficou 5 horas esperando que arrumassem uma incubadora e depois ficou mais um tempão esperando para ser transferido par um local com mais estrutura", disse o pai, que acompanhou tudo. 

"Eu ficava na porta olhando ele. Quando foram fazer a transferência dele, não resistiu. Estava com ele na ambulância e vi ele morrendo", contou Rogério, que afirmou que após a morte do bebê a médica ainda levou o corpo até a mãe. "Ela pegou no colo. O bebê estava com a aparência toda formadinha", disse.

O pai, Rogério, resolveu então tratar dos trâmites com cartório, funerária e cemitério para enterrar o filho. Ao chegar à maternidade para buscar o corpo, ele não havia sido encontrado. "Minha mulher está com depressão e nem um psicólogo eles enviaram para a gente", reclamou o vendedor, sobre o hospital e a Secretaria de Saúde.

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