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Polícia

09/12/2023 17:52

Reação é inevitável e polícia precisa revidar bandidos, diz delegado

"Temos uma quantidade considerável de pessoas mortas durante o ano. Mas quantas pessoas foram presas pelas polícias em nosso estado? E quantas morreram?", questiona

Questionado sobre o uso da força policial após a morte de seis criminosos em confronto na noite desta sexta-feira (8), em Anastácio, o delegado-geral da Polícia Civil, Roberto Gurgel, destacou que prioriza a preservação da vida das vítimas e dos militares. Ele também apontou que o número de mortes é bem menor perante ao sucesso das prisões. 

"Quando falamos de morte durante uma ação policial, estamos falando de uma reação que, para a polícia, é inevitável. Isso tem que ser feito. Em toda ação policial, existe o uso progressivo da força. A ação de hoje, por exemplo, foi determinada pela ordem de parada através do sinal sonoro, e a reação deles foi atirar. Se eles tivessem simplesmente estacionado o carro e parado o veículo, não teriam morrido", alegou.

Segundo ele, reagir é inevitável. "A partir do momento em que há uma ação contra as forças policiais, contra o estado, nós vamos reagir. Não importa a quantidade de mortes que será apurada durante o ano; nossa preocupação é a vida e o patrimônio das vítimas, a vida e o patrimônio dos policiais. Os criminosos precisam entender isso. Se vierem para o enfrentamento, estamos extremamente preparados. Não há problema algum em relação ao enfrentamento, uma vez que faz parte do trabalho policial".

Gurgel apontou a efetividade da polícia de Mato Grosso do Sul. "Não desejamos o enfrentamento, mas não hesitamos em provocá-lo se necessário. Agora, temos uma quantidade considerável de pessoas mortas durante o ano. Mas quantas pessoas foram presas pelas polícias em nosso estado? E quantas morreram? Precisamos avaliar essa proporção. As que foram presas não ofereceram resistência, não se insurgiram contra as forças policiais e o estado. Já aquelas que se insurgiram receberão a resposta de acordo com a postura que adotarem".

Quadrilha foi desmantelada em Anastácio

A Polícia Civil ainda procura dois membros da quadrilha especializada em assaltos, interceptada na área rural de Anastácio: o mandante e o responsável por receber os veículos roubados na fronteira. Seis integrantes morreram em confronto com policiais, segundo o delegado-geral da Polícia Civil, Roberto Gurgel.

"Essa investigação tratava de uma quadrilha especializada em roubo de caminhonete, com restrição de liberdade. Como funciona isso? Eles escolhem os alvos, objetos, parte da quadrilha mantém as vítimas restritas em cárcere até que a outra parte da quadrilha possa se dirigir ao Paraguai ou à Bolívia para entregar essas caminhonetes e, geralmente, trazer drogas como produto da troca desse veículo", explicou.

A investigação foi conduzida pela Defurv (Delegacia Especializada de Repressão aos Crimes de Furtos e Roubos de Veículos), com apoio operacional do Garras. A maioria dos alvos era de Goiás, com antecedentes criminais, incluindo ameaças a autoridades policiais do estado.

"Tínhamos seis executores, além de um mandante desse crime que não estava presente no local. Parte desses seis executores era oriunda do estado de Goiás, criminosos, extremamente perigosos, especialistas nesse tipo de ação criminosa, inclusive tendo feito ameaças a juízes e promotores naquele estado. Todos os membros dessa quadrilha tinham vasta ficha criminal por crimes graves como tráfico de drogas, roubo, homicídios, e nessa madrugada eles colocaram o plano em ação", continua Gurgel.

As equipes realizaram abordagem com sinais luminosos e sonoros. Dois homens em uma motocicleta fugiram, dando início à primeira perseguição. Simultaneamente, outra equipe abordou um veículo Fiat/Uno com quatro ocupantes, todos armados. Ambos os grupos reagiram atirando contra os policiais. As equipes tentaram o socorro, mas nenhum sobreviveu.

"Eles se dirigiram até uma propriedade rural no município de Anastácio. Nossas equipes estavam investigando em ação de monitoramento e visando proteger a integridade, saúde, vida e patrimônio das vítimas. Nossas equipes fizeram a abordagem desses criminosos: quatro num veículo e duas em motos, próximos à entrada dessa propriedade rural. Esses criminosos, pelo perfil deles, reagiram imediatamente à abordagem policial, disparando tiros contra as guarnições, que revidaram. Nós acabamos sendo atingidos, alvejados. Todos foram socorridos, mas não resistiram aos ferimentos e vieram a óbito", prossegue o delegado.

No Fiat/Uno, foram encontrados objetos como braçadeiras e fita silver tape, além das armas de fogo. "As investigações continuam, visando a prisão desse mandante, uma vez que nós nos deparamos com os executores, mas as investigações apontam para o mandante desse crime. Essas pessoas estão sendo investigadas por três tipos de associação criminosa: roubo majorado pelo emprego de arma de fogo, restrição da liberdade e porte ilegal de arma de fogo de uso restrito".

O receptor do veículo que iria ser roubado estaria na Bolívia. "O caso de hoje, estamos tratando o destino dos veículos era a Bolívia e possivelmente a troca por entorpecente do tipo cocaína, uma vez que o país é o terceiro maior produtor de cocaína do mundo. Temos ainda, dentro da associação criminosa, duas pessoas, pelo menos, para serem investigadas e aprofundar as investigações, que são o comandante do crime e o receptador desses veículos que eram objetos necessários", completa Gurgel.

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