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Polícia

09/04/2018 07:00

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Sem tipificação penal, governo não consegue calcular crimes motivados por homofobia em MS

Em março de 2018, um jovem morreu em MS durante uma briga. O fato dele ser gay teria sido o motivo do crime

Os casos de crimes contra homossexuais acontecem, são divulgados pela mídia e todos nós sabemos. Mesmo com o número de casos que crescem mais a cada dia, a homofobia não é considerado crime e, por isso, nem o governo consegue contabilizar o delito.

O primeiro caso de homofobia de 2018 que veio à tona, teve como vítima um adolescente de 17 anos, morador de Três Lagoas, cidade distante a 326 quilômetros de Campo Grande. 

Segundo o relato da vítima, no dia 3 de fevereiro estava participando de um evento na cidade e, por volta das 5h, enquanto voltava para casa, foi abordada e espancada por um grupo de aproximadamente seis pessoas. 

No relato no Facebook, o jovem afirmou que foi espancado por ser gay. Ele chegou a desmaiar e ficou com o rosto muito machucado devido as agressões.

O segundo caso de intolerância, infelizmente, terminou em morte do designer de sobrancelhas Rodrigo Hazaki, 24 anos. O crime ocorreu no dia 18 de março, em Jardim, cidade distante a 226 quilômetros de Campo Grande.

(Rodrigo também teria sido vítima de homofobia. Foto: Reprodução/Facebook)

A vítima estava com o companheiro em um bar da cidade, quando o namorado teria sido 'confundido' com uma outra pessoa e agredido por três rapazes. 

Rodrigo entrou na briga para defender o namorado e acabou morto com golpes de punhal. O verdadeiro motivo da confusão seria a orientação sexual do casal.

Em Campo Grande, um caso de tentativa de homicídio também pode estar ligado a homofobia. O jovem Vitor Hugo Cordoba, 18 anos, que foi baleado na cabeça na madrugada do dia 26 de março, no bairro Estrela do Sul, pode ter sido vítima do crime por intolerância.

Conforme um familiar da vítima, ele estava acompanhado de três amigos, todos gays, no momento do atentado. Vitor segue internado em estado grave na Santa Casa.

'Brincadeira' que terminou em caso de polícia

Um homem identificado como Elly Abreu, pai de um aluno de uma escola municipal no bairro Aero Rancho, teria se aproveitado de uma brincadeira da internet, o 'diz ser' e teria desferido ofensas aos diretores. "Diz ser cria da escola w.t.r mas nem [sabe] que o diretor é viado", teria publicado na rede social. 

O vereador Valdir Gomes (PP), presidente da Comissão Permanente de Educação e Desporto, da Câmara Municipal, denunciou o caso durante uma sessão."Não vou permitir abuso contra as minorias. Não tenho como recuar diante desta polêmica. Chamou a diretora da escola de sapatão, o diretor de viado. As pessoas não têm o direito de macular os indivíduos. Aonde é que não tem gay em Campo Grande? Agora, todo mundo merece respeito", criticou. 

Valdir disse que aconselhou a vítima a abrir um boletim de ocorrência contra o agressor, que foi registrado na Depac Piratininga como difamação.

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