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Polícia

28/07/2017 09:30

Trágica Coincidência: Mayara estava escalada para cantar em missa do 7º Dia de casal Silveira

Corpo da jovem foi encontrado no dia em que deveria cantar em cerimônia religiosa

Uma trágica coincidência entrelaça dois crimes hediondos que chocaram Campo Grande nas últimas duas semanas. Desaparecida desde a última segunda-feira (24), a musicista Mayara Amaral, 27 anos, estava escalada para cantar na missa de sétimo dia do casal Fátima e Cristóvão Silveira, que foi realizada na terça-feira (25).

Quem conta a história é Filipe Silveira, filho do casal assassinado em uma emboscada planejada pelo caseiro da chácara em que os pais moravam, Rivelino Mangelo. Para Filipe, a jovem teria se esquecido da cerimônia ou teve um imprevisto. Mal sabia ele que o corpo dela havia sido encontrado poucas horas antes, em um matagal.

“Na organização desta minha homenagem acabou faltando algo, uma pétala chamada Mayara Amaral. Um dia antes da missa perguntei se Mayara se ela toparia tocar a música de Nando Reis para a Missa, ela prontamente topou e começou ensaiar no mesmo dia. No dia da Missa, Mayara sumiu, achei que ela tinha esquecido ou algo urgente ocorreu para ela resolver”, relata em uma postagem no Facebook.

Sem Mayara, Filipi contou com a ajuda de três amigos, que realizaram o sonho da mãe, Fátima, de cantar a música “Pra Você Guardei o Amor”, de Nando Reis. A canção seria usada no casamento com Cristóvão, que estava planejado exatamente para aquele dia, projeto interrompido pela ação dos bandidos.

A homenagem foi linda, emocionante, mas o pesadelo da família de Mayara estava só começando. Naquela mesma noite, de despedida para Filipe, a mãe da musicista procurava a polícia para contar que recebeu mensagens supostamente da filha, dizendo que estava sofrendo ameaças do namorado. Mas a verdade era outra...

“Mayara não foi a Missa porque também sofreu uma emboscada covarde e foi assassinada de um modo cruel e selvagem. O pouco que conheci Mayara é que assim como meus pais, era uma menina intensa e humana, ela era uma grande artista e para ser um grande artista você precisa ser antes de tudo um bom ser humano”, continua Filipe.

Segundo a polícia, Mayara foi assassinada pelo baterista Luis Alberto Barbosa Bastos, 29 anos. Ele alega que teria um relacionamento informal com a jovem e teria usado da confiança dela para planejar um assalto. Com a ajuda de dois homens, matou Mayara a marteladas, tudo por um carro, instrumentos e alguns equipamentos eletrônicos. Outra coincidência...

“Meu pai, minha mãe e Mayara eram humanos, porque acreditavam e confiavam em quem foram seus algozes, o lobo estava atrás da porta. Meus pais acreditavam no caseiro do sítio, Mayara confiava naquele que a beijava. Agora só nos resta que justiça seja feita rigorosamente”, completa Filipe.

Com essa “triste e trágica coincidência”, como descreve o filho do casal Silveira, três vidas foram ceifadas de forma cruel. Para quem ficou, além da saudade, fica a esperança. “Quem sabe Mayara não tenha cantado “Pra Você Guardei o Amor” para meus pais em outro plano”, finaliza o rapaz.

Confira abaixo o relato completo:

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