O médico Alberto Jorge Rondon de Oliveira, 63 anos, acusado de mutilar pacientes que procuravam cirurgias plásticas, chegou escoltado por policiais militares, na manhã desta terça-feira (12), em seu antigo consultório na Rua padre João Crippa, no Bairro Monte Castelo, em Campo Grande.

O perito Sérgio Cação está no local, junto com o também médico Jamal Salem, indicado pelo advogado de defesa Fábio Trad como assistente técnico para acompanhar a perícia.

É estudada a possibilidade de Alberto deixar de cumprir pena no regime fechado e passar a cumprir pena em regime domiciliar, igual solicitado pela defesa.

Segundo Jamal, após a coleta de informações, a perícia tem até 30 dias para emitir o laudo para o juiz avaliar.

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Entenda

Alberto Jorge Rondon de Oliveira, 63 anos, foi preso no dia 23 de outubro por policiais civis lotados na Polinter (Delegacia Especializada de Capturas). Ele foi localizado em sua residência, na Rua 13 de Junho, no Bairro Monte Castelo, em Campo Grande.

Os policiais cumpriram mandado de prisão expedido pelo juiz titular da 1ª Vara de Execução Penal, Mário José Esbalqueiro, para que se cumpra a pena de 13 anos e meio de reclusão por lesão corporal praticadas em pacientes durante cirurgias plásticas mal sucedidas.

Alberto Rondon já foi preso em 2009, teve o registro de médico cassado e foi condenado a 42 anos de prisão, em 2011, por ter mutilado corpos de ao menos 180 mulheres, que o procuravam para as cirurgias plásticas.

Todas elas moveram ações judiciais contra Rondon, cuja família é dona de fazenda em Bonito, a cidade de MS que mais atrai turistas do país. Até março do ano passado, o conselho dos médicos já havia pagado em torno de meio milhão de reais à ex-pacientes de Rondon. Restam dezenas que também venceram a causa na Justiça.