Tido como um parlamentar próximo ao presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL), o deputado federal Alberto Fraga (DEM-DF) foi um dos poucos que, durante sessão solene do Congresso Nacional nesta terça-feira (6/11), conseguiu se aproximar do futuro comandante do Palácio do Planalto. Após a eleição vitoriosa, o capitão da reserva esteve em Brasília pela primeira vez para a comemoração aos 30 anos da Constituição Federal, realizada no plenário da Câmara dos Deputados.
Em rápida conversa com o colega de parlamento, Bolsonaro mostrou-se preocupado com a votação que flexibiliza o Estatuto do Desarmamento, uma das suas principais bandeiras na campanha presidencial. “Vou esperar uma orientação para tocarmos a votação. Temos compromisso com essa mudança, mas a sinalização dele é essencial”, disse Fraga à coluna.
O deputado é o coordenador da Frente Parlamentar da Segurança Pública, mais conhecida como “bancada da bala”, responsável pelo texto que pretende facilitar o porte de armas para a população. Embora seja conhecido pelas declarações polêmicas, Fraga preferiu ser mais comedido sobre a relação com o presidente eleito. “Gato escaldado tem medo de água fria”, disse ao ser novamente questionado sobre seu futuro papel no governo Bolsonaro.
Quase ministro
O tom mais discreto tem um motivo: logo após um vídeo circular na internet em que o futuro presidente diz que “Fraga será um coordenador da bancada no Planalto”, o nome do parlamentar chegou a ser ventilado como um dos possíveis ministros de Bolsonaro. Contudo, devido a uma recente condenação em primeira instância, o capitão reformado descartou o colega. Fraga foi sentenciado a 4 anos, 2 meses e 20 dias de prisão por suposto recebimento de vantagens na gestão como secretário de Transportes no governo de José Roberto Arruda (PR).
