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Política

15/10/2016 09:30

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Agora aliado, Bernal 'enrola' há seis meses ação do Gisa contra Nelsinho

Prefeito declarou neste ano que irá cobrar R$ 16 milhões de Trad

Em abril deste ano, o prefeito Alcides Bernal, do PP, declarou que iria entrar com ação na Justiça Estadual, com o objetivo de reaver para o município recurso desviado do Gisa (Gestão de Informação em Saúde), na ordem de R$ 16 milhões. Seis meses depois, o processo está 'enrolado' em Campo Grande.

Na época, o prefeito ainda afirmou que iria cobrar do ex-prefeito Nelson Trad Filho, além da sua equipe. Na lista, estavam os ex-secretários de Saúde, Luiz Henrique Mandetta  e Leandro Mazina, cunhado de Nelsinho Trad, além de mais 14 pessoas. 

Naquela ocasião, Nelsinho afirmou que o atual gestor, Alcides Bernal, seria o principal culpado por não dar sequência à implementação do sistema. "Tudo será provado na esfera judicial. O que faltou, como o que falta nesta atual gestão, foi ter dado sequência na sua implantação. A prefeitura paga pelo preço da sua inoperância e incompetência. Seus gestores atuais pagarão judicialmente por essa criminalização intencional do projeto Gisa. É só uma questão de se dar tempo ao tempo".

Porém, com o apoio concedido ao candidato Marquinhos Trad, do PSD, Bernal terá que explicar à população, aos 270 mil eleitores de 2012, e aos 111 mil desta eleição, como vai proceder com essa ação. Se cobrará providências e se continuará com a ação em que visa pedir à família Trad, o ressarcimento dos milhões de reais retirados dos cofres públicos do município. 

Gisa 
Após processo do Ministério Público Federal, a Prefeitura de Campo Grande foi obrigada a devolver pouco mais de R$ 14 milhões aos cofres da União, tudo devido ao já conhecido Sistema Gisa (Sistema de Gestão de Informações em Saúde), prometido e pago pelo ex-prefeito Nelsinho Trad Filho, hoje no PTB, mas nunca realmente implantado. O município já realiza o pagamento ao Ministério da Saúde, mas os envolvidos no caso - entre eles o próprio Nelsinho e Luiz Henrique Mandetta, ainda não tiveram que desembolsar os valores.

Em julho deste ano, MPF determinou que a Prefeitura de Campo Grande 'punisse' os responsáveis pela do implantação do Gisa, que causou rombo de quase R$ 10 milhões aos cofres do Executivo municipal. O programa foi contratado por Nelsinho durante a sua administração e pelo seu primo, deputado federal, Luiz Henrique Mandetta (DEM), na secretário de Saúde da Capital.

O programa tinha o objetivo de facilitar o processo de agendamento de consultas, mas jamais chegou a funcionar na rede municipal de saúde. Em 2014, o programa foi alvo de denúncias na Controladoria-Geral da União, que recomendou que a prefeitura devolvesse R$ 8,2 milhões de recursos federais que foram aplicados na criação do programa.

A empresa Telemídia, responsável pelo desenvolvimento do Gisa em Campo Grande já tinha recebido R$ 9.626.898,53, que equivale a 96,43% do total contratado na época e o mesmo contrato chegou a ser renovado por seis vezes, enquanto Nelsinho era prefeito de Campo Grande. Grande parte era verba federal, com contrapartida do município.

Porém, no dia 9 de janeiro de 2015, o Ministério da Saúde fez a correção e determinou que a prefeitura devolvesse R$ 14,8 milhões, no prazo de 30 dias. Mesmo assim, a prefeitura conseguiu fazer o parcelamento. Os recursos começaram a ser pagos pelo ex-prefeito Gilmar Olarte em março deste ano. Porém, mesmo com o município arcando com a dívida, nenhum dos envolvidos foi, até o momento, obrigado a devolver os valores ao Governo federal.

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