O ex-juiz Odilon de Oliveira se manifestou nas redes sociais, reprovando a atitude do deputado federal Dagoberto Nogueira (PDT), e compartilhando o vídeo em que ele é hostilizado por um eleitor no aeroporto internacional de Campo Grande.
"É lamentável a postura de quem vota para encher os cofres de partidos com dinheiro da educação. Boa parte desses R$ 4 bilhões irá para para o bolso de direigentes partidários", disse, mesmo tendo concorrido ao governo do Estado justamente pelo PDT, partido que agora critica.
Depois do episódio, Dagoberto afirmou que é contra retirar verba da saúde e educação para o fundo eleitoral em 2020, em nota oficial na página do Facebook. “A votação não ocorreu no Plenário da Câmara, e que só deve acontecer na próxima semana, juntamente com a votação do Orçamento 2020”.
O deputado foi questionado pelo fato de ter participado da reunião da CMO (Comissão Mista de Orçamento) e, a princípio, ter concordado com o aumento de R$ 2 bilhões para R$ 3,8 bilhões em recursos para campanha política.
Ele diz ainda que o PDT não se posicionou sobre o assunto, apesar de divulgações na imprensa de que a sigla era uma das que teriam feito o pedido.
“Talvez essa matéria nem seja votada neste ano. Em segundo lugar, o PDT ainda não se posicionou sobre o aumento ou não do fundo eleitoral, e quero deixar claro que não concordo em retirar dinheiro da saúde, educação ou qualquer outra área prioritária para a população”, explicou.
Apesar de toda a polêmica em relação aos recursos, o parlamentar concluiu que é favorável ao financiamento público de campanha.
“Para que assim os parlamentares tenham independência em relação às empresas privadas. Lembramos que o financiamento privado de campanhas foi protagonista de um dos maiores escândalos de corrupção do país”.