A Câmara dos Deputados analisa, na noite desta quarta-feira (10/12), a cassação dos mandatos do deputado Glauber Braga (PSol-SP) e da deputada Carla Zambelli (PL-S). Neste momento, os deputados analisam a suspensão do psolista por seis meses, o que substituiria a cassação. Acompanhe ao vivo:
Glauber
O Conselho de Ética aprovou a cassação do mandato do psolista em maio de 2025. O processo afirma que Glauber quebrou o decoro parlamentar ao expulsar da Câmara, a chutes, o militante do Movimento Brasil Livre (MBL) Gabriel Costenaro, em abril de 2024.
Glauber justificou que Costenaro teria ofendido sua mãe, Saudade Braga, já falecida e ex-prefeita de Nova Friburgo (RJ).
Tumulto no dia anterior
Após sete meses parado, Motta anunciou, na terça-feira (9/12), que votaria o pedido de cassação de Glauber.
Em resposta, o psolista declarou que ocuparia a mesa da Presidência da Câmara. Horas depois, foi retirado à força pela Polícia Legislativa.
Enquanto Glauber estava na cadeira, as transmissões oficiais da Câmara foram tiradas do ar, e servidores e jornalistas foram impedidos de entrar no plenário. A Polícia Legislativa também agrediu profissionais de imprensa, e Motta foi duramente criticado nas redes e por associações da área.
Greve de fome
Ainda em abril, Glauber fez uma greve de fome de oito dias em uma das comissões da Casa. O parlamentar sustenta que sua cassação é resultado de perseguição política e de uma articulação do ex-presidente da Câmara Arthur Lira (PP-AL). Glauber já acusou Lira diversas vezes de desviar emendas parlamentares para benefício próprio, o que o alagoano nega.
Glauber também compara seu caso ao do ex-deputado Chiquinho Brazão, preso em 2024 por ser um dos supostos mandantes do assassinato da vereadora Marielle Franco (PSol-RJ), em 2018. Embora o Conselho de Ética também tenha aprovado a cassação de Brazão, Motta decretou a perda de mandato dele por faltas neste ano, já que está preso e não comparecia às sessões.
Zambelli
Os deputados também analisam, ainda nesta noite, a perda de mandato da deputada Carla Zambelli. A Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) aprovou o parecer que recomenda a cassação nesta quarta.
Zambelli está presa na Itália, onde aguarda o processo de extradição para o Brasil. Ela já está impedida de disputar eleições porque acumula duas condenações que somam 15 anos e 3 meses de prisão.
A parlamentar foi condenada pelo Supremo Tribunal Federal (STF) por participação intelectual na invasão aos sistemas eletrônicos do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), em parceria com o hacker Walter Delgatti. O caso envolveu a inserção de documentos falsos, como um mandado de prisão fabricado contra o ministro Alexandre de Moraes.
A outra condenação é por porte ilegal de arma e constrangimento ilegal, no episódio em que perseguiu um apoiador do então candidato Luiz Inácio Lula da Silva (PT) com uma arma em punho, na véspera do segundo turno das eleições de 2022.









