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Política

28/02/2018 09:30

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Com interesses em comum, comunidade evangélica se une para escolher candidatos em MS

O motivo? Garantir uma pauta comum em 'defesa da vida e da família brasileira'

Em ascensão, a comunidade evangélica sul-mato-grossense está cada vez mais unida e pretende ampliar a representatividade no Congresso Nacional nestas eleições. O motivo? Garantir uma pauta comum em 'defesa da vida e da família brasileira'. Isso significa ampliar as bancadas na Assembleia Legislativa e Câmara Federal, além de conquistar uma vaga no Senado.

O projeto político é ambicioso, mas a comunidade vem obtendo sucesso em suas escolhas, como a eleição da vice-governadora Rose Modesto (PSDB), do deputado federal Elizeu Dionízio (PSDB), de vários deputados estaduais, entre eles os mais proeminentes Herculano Borges (SD), Lídio Lopes (PEN) e Maurício Picarelli (PSDB), além de sete vereadores em Campo Grande, entre pastores e filhos de grandes lideranças locais.

“Nós estamos trabalhando sempre para conquistar espaços de todos os níveis porque entendemos que temos muito a contribuir com a maneira que a gente pensa em relação as necessidade das pessoas. O nosso olhar é para que os mais carentes sejam abençoados, que o poder público se interesse pelo povo, as nossas proposituras são importantes e precisamos ter alguém para colocá-las em pauta e voltar”, defende o apóstolo Edilson Vicente da Silva, presidente da igreja El Shaddai.

Princípios cristãos

Maurício Picareli mostra bíblia em fotos nas redes sociais Foto: Reprodução/Facebook

Edilson é pai do vereador Papy (SD), que representa o segmento. Segundo ele, os candidatos da comunidade são escolhidos conforme os princípios cristãos. “As pessoas estão sofrendo muito, tudo isso em função da corrupção, e esperamos que isso mude. Por essa razão queremos pessoas alinhadas com a palavra de Deus, comprometidas em cumprir o que Jesus disse: amar a Deus acima de todas as coisas e ao próximo como a ti mesmo. A maioria dos políticos pensa em si primeiro para depois olhar para o povo, isso se olhar”.

Com uma pauta específica, a representatividade dos evangélicos está em constante expansão. É o que explica Edimilson de Oliveira, apóstolo da Igreja Evangélica de Campo Grande e coordenador da Visão Celular no Modelo dos 12: M12 no Estado de Mato Grosso do Sul. “A representatividade tem crescido a cada eleição e a projeção é de crescimento. Isso é natural conforme o crescimento da igreja evangélica no Brasil”.

“Cada segmento precisa de alguém para defender o que pensa e nós, evangélicos, temos pensamentos, ideais, temos que ter pessoas que nos representem. Porque, em uma eleição, é como se déssemos uma procuração para aquela pessoa te representar e elas têm que estar alinhadas aos nossos ideais. É de extrema importância não só para os evangélicos, mas para todas as categorias sociais”, continua.

Pauta evangélica

E o que seria a chamada pauta comum que une representantes de diferentes igrejas da comunidade evangélica? A resposta vem do maior representante do setor em Mato Grosso do Sul, o deputado federal Elizeu Dionízio (PSDB), que foi eleito com o apoio da igreja Assembleia de Deus Missões.

“Como qualquer segmento, se a gente tiver representantes, as nossas bandeiras vão estar sendo pautadas e hoje temos várias bandeiras discutidas no Congresso como a discussão de gênero na escola, a liberação de drogas para uso recreativo, o uso da máquina pública para segmentos que necessariamente não têm os princípios e valores que nós buscamos na sociedade”, enumera Elizeu.

É o parlamentar também que revela o projeto da comunidade hoje. “Este ano queremos ampliar, buscar espaços. Só o que o segmento entendeu que precisa ter representatividade também nas casas altas do Congresso. Hoje temos três senadores evangélicos, o nosso projeto é ter de 15 a 20 para 2018, isso nacionalmente. Vários estados vão lançar candidatos ao Senado e nós também”.

O nome que vai representar a comunidade ainda está em discussão. De acordo com os líderes religiosos, ainda não há um consenso e todos os pré-candidatos estão sendo ouvidos. “Há muitos candidatos para o Senado e existem apenas duas vagas. A gente não quer dar um tiro a esmo, queremos escolher bem, e para isso precisa ter definições das majoritárias primeiro”, explica Edilson Vicente.

Bancada evangélica durante oração na Câmara Municipal - Foto: Reprodução/Facebook

Crescimento

Única coisa certa é que o setor tem muitos votos em potenciais. Prova disso são os dados do último censo realizado em Campo Grande pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), em 2010. À época, 405.627 pessoas se declararam católicas, 239.882 disseram serem evangélicas e 27.671 espíritas. Com a estimativa de crescimento populacional de 87 mil pessoas, esse número deve ser ainda maior hoje.

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