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Política

16/03/2015 18:00

Com passado duvidoso, personalidades pedem fim da corrupção em protesto

Entre as dezenas de milhares de pessoas que participaram da manifestação contra a corrupção neste domingo (15), a presença de algumas personalidades chamou a atenção de quem protestava. Com passado duvidoso, essas pessoas interagiam em meio aos cidadãos que saíram de casa cansados de tanta improbidade, para pedir o impeachment da presidente e bradar contra a corrupção.


Deputada estadual Antonieta Amorim (PMDB). Foto: Repórter Top.

                                               (Marcelo Miranda, ex-governador e diretor do Dnit)

Um dos integrantes da seleta lista é o ex-superintendente regional do Dnit (Departamento Nacional de Infraestrututa e Transportes), Marcelo Miranda. Ele foi demitido da chefia do departamento em janeiro de 2012, por desvio de recursos públicos e responde a ação penal na Justiça Federal movido pelo MPF (Ministério Público Federal) acusado com outras 11 pessoas de desviar cerca de R$ 14 milhões dos cofres públicos. Antes de chefiar o Dnit-MS, Marcelo também foi prefeito de Campo Grande em 1976, em 1979 foi nomeado governador até 1980; em 1982 foi eleito senador e em 1987 foi eleito governador de MS.

Deputada estadual Antonieta Amorim (PMDB). Foto: Repórter Top.

                                                       (Mara Caseiro, em selfie na manifestação)

A deputada Mara Caseiro (PTdoB) que bradava que ‘o povo unida jamais será vencido’ também tem situações que pesam contra seu manifesto. Em 2011 ela chegou a ser condenada pela Justiça de 1º grau, por contratar o marido para cargo comissionado na época em que era prefeita da cidade de Eldorado. Curiosamente, o processo não aparece no sistema de consulta processual on-line do Tribunal de Justiça do Estado. Assim, não foi possível saber se houve recurso e seu resultado.

Além de nomeado, o marido de Mara Caseiro, Manoel Henrique Caseiro, também foi condenado pela Justiça (processo n. 4005432-68.2013.8.12.0000) em 2013 e teve R$ 300 mil em bens bloqueados. Isso porque o MPE (Ministério Público Estadual) provou a Justiça a participação de Manoel, outro servidor em esquema de desvio de verbas públicas por meio de abastecimento de veículos particulares com dinheiro do erário.

 Deputada estadual Antonieta Amorim (PMDB). Foto: Repórter Top.

                                                                    (Recalde, flagrado em selfie)

Outra personalidade vista em meio ao protesto contra a corrupção foi o empresário Carlos Gilberto Recalde. Dono da empreiteira CGR, Recalde foi uma dos 29 presos na Operação Uragano da Polícia Federal. Durante as investigações, A PF apontou a CGR como suposta empresa de fachada para uma sociedade entre o então governador André Puccinelli (PMDB) e o à época deputado federal Edson Giroto (PMDB), da qual Recalde seria apenas um ‘testa de ferro’. A PF revelou que a CGR maquiava o pagamento de propina por meio de fraudes na medição de obras. A empreiteira também aparece como grande doadora de campanha, inclusive para Puccinelli.

Deputada estadual Antonieta Amorim (PMDB). Foto: Repórter Top.

A deputada Antonieta Amorim (PMDB) também engrossou os protestos desse domingo. Ela é irmã do empreiteiro João Krampe Amorim dos Santos, apontado pelo Ministério Público Federal como suposto caixa do ex-governador André Puccinelli. Ele e o engenheiro Eolo Ferrari foram os tesoureiros de todas as campanhas de Puccinelli. No inquérito da PF da Operação Uragano, que resultou no processo de enriquecimento ilícito e lavagem de dinheiro, Krampe e Ferrari aparecem como os “laranjas” que abriram empresas - MBM Construções e Engecap - para ganhar licitações na prefeitura da Capital. Eles estão envolvidos ainda nos escândalos dos garis que eram “donos” da construtora Engecap.

Antonieta também é ex-mulher do ex-prefeito Nelsinho Trad (PMDB). No apagar das luzes da gestão de Nelsinho, o consórcio CG Solurb - composto pelas empresas Financial Construtora Industrial (empresa líder) e LD Construções Ltda - venceu a licitação bilionária do lixo. Uma das empresas parte do consórcio, a LD, é de Luciano Dolzan, genro do empreiteiro João Amorim. A esposa de Luciano, Ana Paula Amorim Dolzan é sócia de Antonieta na Agropecuária Areias. Por meio de pesquisa on-line no TJ-MS é possível identificar somente um processo contra Antonieta, movido pela primeira dama, Andréia Olarte. Entretanto, a ação foi extinta.  

Deputada estadual Antonieta Amorim (PMDB). Foto: Repórter Top.

O deputado federal Luiz Henrique Mandetta (DEM) não esteve de corpo presente mais por meio da rede social Facebook conclamou a população para ir às ruas. Mandetta é réu junto com seu primo, o ex-prefeito Nelsinho Trad em ação movida pelo MPF devido às ilegalidades ocorridas na compra do Sistema Gisa. Investigação do MPF revelou que Mandetta foi favorecido pela empresa contratada para fornecer o sistema. Ele teria recebido passagens internacionais pagas pela Telemídia e pouco tempo depois, em 2010, doações não declaradas da empresa para a campanha de deputado federal.

Se condenados, os acusados - além do ressarcimento integral do prejuízo aos cofres públicos (R$ 8,1 milhões) e do pagamento de indenização moral por valor equivalente aos danos causados - podem perder a função pública, ter direitos políticos suspensos e ficar proibidos de contratar com o poder público ou de receber benefícios. Além de Mandetta e Nelsinho, outras 22 pessoas também são réus, entre servidores públicos municipais, empresários e as empresas contratadas. 

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