Após a Comissão que investiga o financeiro do Aquário do Pantanal descobrir que "sumiram" R$ 3,8 milhões para concluir o empreendimento, o deputado federal e ex-governador , Zeca do PT, ameaçou processar o novo governador, Reinaldo Azambuja (PSDB), caso não tome providências para encontrar o dinheiro. Zeca afirmou que isso é dever do atual administrador e se nada for feito, Azambuja poderá ser considerado conivente com o desaparecimento do recurso.
A obra faraônica, iniciada na gestão de André Puccinelli, do PMDB, já consumiu R$ 244 milhões do Governo do Estado.
Zeca explicou que procurou se informar com um advogado para saber quais providências Reinaldo poderia tomar para descobrir para onde foi encaminhado o dinheiro desaparecido.
"Conversei com um advogado e ele me disse o seguinte: ou o Reinaldo toma medidas jurídicas para resolver o problema ou encaminha o caso para o Ministério Público para abrir investigação e tentar descobrir o dinheiro que sumiu", disparou Zeca.
O ex-governador petista falou que Reinaldo precisa tomar providências urgentes sobre o caso. "Ele tem que tomar providências para descobrir onde foi parar esse dinheiro. Se ele não tomar nenhuma providência, eu vou tomar contra ele e contra o André [Puccinelli]", finalizou.
Mudança de versão - No dia 17 de janeiro, o secretário do Estado de Obras, Marcelo Miglioli, relatou que o ex-governador André Puccunelli, do PMDB, não teria deixado o recurso prometido em caixa, que seriam os R$ 34 milhões que foram "carimbados", inclusive por deputados que aprovaram o recurso na Assembleia Legislativa. A Comissão teria feito a auditoria e encontrado que o ex-governador teria deixando apenas R$ 30,2 milhões na conta.
Porém, ontem (20), o secretário voltou atrás e explicou que parte do recurso já foi utilizado e que os R$ 3,8 milhões seriam um excedente da obra. "Este recurso de R$ 3,8 milhões está além dos R$ 34 milhões. Estamos analisando com calma, nós temos tempo para isso e provavelmente esse recurso que falta deve sair da mesma fonte que os saíram os R$ 34 milhões, da Semac (Secretaria de Estado de Meio Ambiente, do Planejamento, da Ciência e da Tecnologia). O importante é que a obra não vai parar".
Cauteloso, Miglioli preferiu não estipular um prazo para finalizar a obra. "Isso é uma coisa que vamos conversar com as empresas responsáveis e quero trabalhar apenas com prazo real", finalizou.