O CRM (Conselho Regional de Medicina de Mato Grosso do Sul), por meio de nota divulgada por sua assessoria de imprensa, no início da tarde deste domingo (28), informou que a “entidade é uma autarquia federal sem posicionamento ou direcionamento político, sendo assim, a denúncia sobre a médica será encaminhada para o setor responsável para análise dos fatos e possível abertura de sindicância”.
A questão anunciada trata do episódio envolvendo a médica Beatriz Padovan Vilela, que atende na UPA (Unidade de Pronto Atendimento Médico) do conjunto Moreninhas, em Campo Grande. Ela usou o Facebook para dizer: “Hoje é dia de maldade. Perguntar pro paciente em quem vai votar antes da alta. Dependendo da resposta, alta só segunda!! #B17 É dessa vitamina que o povo brasileiro precisa!".
Pelo texto, a médica temporária da prefeitura de Campo Grande evidencia sua preferência eleitoral pelo candidato à Presidência do PSL, Jair Bolsonaro, cujo número da legenda é justo o 17.
A médica tirou a mensagem da rede social. Já a Sesau (Secretaria Municipal de Saúde), também por nota, informou que vai apurar o caso.
“É importante lembrar que não há nenhuma restrição sobre o livre pensamento, sendo o mesmo assegurado legalmente, considerando a liberdade individual dos servidores nas suas relações privadas, especialmente no uso de perfis pessoais nas redes sociais, sendo os mesmos responsáveis por responder cível e criminalmente pelos seus atos”, informou a assessoria de imprensa da pasta.
O comunicado diz ainda que a formalização de eventual denúncia seja coletiva ou individual em razão da manifestação da profissional também deve ser feita ao Conselho Regional de Medicina (CRM), que pode proceder na abertura de sindicâncias e processos disciplinares.
